A bancada do PT na Câmara Municipal de São Paulo vai propor a criação de uma CPI para investigar a denúncia de que a prefeitura paulistana está sendo usada para coletar assinaturas de apoio ao PSD. O partido está em fase de criação e tem o prefeito Gilberto Kassab como principal liderança.
Funcionários comissionados da Prefeitura de São Paulo estão recolhendo assinaturas de eleitores para a criação do novo partido do prefeito Gilberto Kassab, o Partido Social Democrático (PSD). Numa mensagem de e-mail, assessora de uma subprefeitura afirma ter recebido uma "missão" do prefeito para arrecadar "o maior número de pessoas".
Políticos que desejam ingressar em um partido recém-criado terão 30 dias para fazê-lo sem sofrer qualquer tipo de retaliação.
Em decisão tomada nesta quinta-feira (2), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deliberou que políticos que deixam seus partidos para aderir a uma nova legenda não cometem infidelidade partidária. A medida responde a dúvidas que surgiram principalmente após o lançamento do Partido Social Democrático (PSD) pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM).
Recém-fundado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM), o Partido Social Democrático (PSD) já é a quarta maior legenda da Câmara Federal. Na contagem dos políticos mais próximos a Kassab, o PSD já tem 42 deputados.
Para tentar reverter a sangria causada com a criação do PSD, o DEM pretende recorrer com medidas judiciais em todos os Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) onde o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, tentar registrar a nova sigla. O intuído é impedir que ela dispute eleições em 2012.
O ex-senador pernambucano Marco Maciel (DEM) acaba de ser nomeado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para integrar os conselhos de dois órgãos públicos ligados à prefeitura paulistana. Maciel receberá R$ 12 mil por mês para ir às reuniões dos conselhos. Mais do que os jetons, o que se questiona na praça é se teria sido oferecido a Maciel também uma vaga na direção do PSD, o novo partido de Kassab.
A convenção do PSDB de São Paulo terminou rachada neste final de semana. Não conseguiu eleger sequer a executiva do partido. A votação foi adiada por falta de acordo sobre o novo secretário-geral da sigla. O deputado federal Vaz de Lima, ligado a Serra, e César Gontijo, aliado do secretário José Aníbal, disputam o cargo. Serra e Aníbal são cotados para disputar a prefeitura em 2012.
Por Altamiro Borges
Diferentemente dos tucanos paulistas — que têm visto a criação do PSD como uma ameaça ao projeto do PSDB no estado —, integrantes do partido em outras regiões enxergam com simpatia a formação da nova legenda. Além do senador Aécio Neves (MG), que busca uma aproximação com o PSD para viabilizar seu projeto de se tornar candidato a presidente em 2014, tucanos de outros estados até ajudam na formação da nova legenda.
Nesta altura do campeonato há poucas razões para discordar de que foi desastrosa a política desenvolvida pelo PSDB na eleição municipal de 2008 em São Paulo. Enquanto em Minas o então governador Aécio Neves montava uma coligação belorizontina em torno do PSB, para tirar a prefeitura das mãos do PT de modo indolor, em São Paulo o PSDB conseguia a proeza de lançar candidato contra seu próprio governo.
Por Alon Feuerwerker, no Correio Braziliense
Em fase de ruína, o Democratas (ex-PFL) sofreu mais uma grande baixa neste domingo (1º/5) à noite. O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, anunciou que vai deixar o DEM para ingressar no PSD — a nova legenda recém-criada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
A mídia demotucana está apavorada com o esfarelamento dos partidos da direita nativa. Editorialistas e “calunistas” tentam entender o que se passa. Como autêntico partido da oposição, conforme confessou no ano passado Judith Brito, executiva da Folha e presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), a mídia teme ficar ainda mais isolada.
Por Altamiro Borges