"Os procuradores da Lava-Jato não podem "renunciar" ao processo ou aos processos, porque não são pessoalmente vinculados a eles, mas funcionalmente vinculados. "Renunciar" significa fazer cessar a autorização funcional que possuem para que atuem nos autos dos muitos processos em andamento, relativos à Lava-Jato.
“Está embutida nesta ‘Petição de iniciativa popular’ a formação da ‘Comissão de Delação’, onde o delator será protegido pelo anonimato e, necessariamente, não precisa apresentar provas de sua delação. E os pequenos ditadores da Comissão, todos procuradores da PGR, decidirão quem será ou quem não será investigado, quem será e quem não será execrado publicamente por vazamentos seletivos de delações”.
Por *Manoel Fonseca
Em depoimento ao juiz Sergio Moro nesta quarta-feira (30), no processo em que Eduardo Cunha (PMDB) é acusado de se beneficiar de desvios na Petrobras, o ex-presidente Lula negou que tenha sido responsável por nomear indicados por partidos e aliados políticos para diretorias da estatal. Segundo ele, o Conselho Administrativo da companhia de petróleo tinha o verdadeiro poder nesses casos.
O procurador da república Deltan Dallagnol é conhecido por sua atuação como chefe da Operação Lava Jato e pela sua campanha contra a corrupção, que o tem levado a reuniões em grandes veículos de comunicação e a igrejas, principalmente evangélicas – é membro da Batista do Bacacheri, em Curitiba.
Por Joaquim Carvalho, no DCM*
Em visita ao Brasil para o lançamento de seu filme “Snowden”, o cineasta norte-americano Oliver Stone, ganhador de três Oscar, visitou o ex-presidente Lula, com quem almoçou e a quem entrevistou com exclusividade para o Nocaute.
Por Fernando Morais
Ex-juiz italiano Gherardo Colombo afirma: 'não alimentem falsas ilusões: nenhuma investigação judicial pode acabar por si só com a corrupção.'
Por Darío Pignotti, direto da Itália
O Senado aprovou na última terça-feira (1°/11) requerimento que solicita explicações do ministro de Justiça, Alexandre de Moraes, que antecipou ao público, durante comício do PSDB em Ribeirão Preto (SP) a realização da 35ª fase da Operação Lava Jato pela Polícia Federal.
Pouco depois das eleições de 2 de outubro, circulou a informação de que a Polícia Federal quer parar com as delações na Lava Jato – a pretexto de não contaminar a legalidade da operação. Desde seu início, há mais de dois anos, 66 delatores tiveram punições reduzidas ou transformadas em prisão domiciliar para desfrutar com mais conforto da parte da fortuna que não tiveram de devolver.
Resta saber a quem beneficiará tudo isso, no fim – se fim houver – desses "tempos excepcionais" de que fala o juiz Moro.
Por Mauro Santayana*, em seu blog
O advogado Cristiano Martins, um dos defensores de Lula nos processos da Lava Jato e outras investigações, rebateu um artigo publicado por Deltan Dallagnol e Orlando Martelo, na Folha deste domingo (30), no qual os procuradores afirmam que o ex-presidente lança mão de ataques à força-tarefa e ao juiz Sergio Moro porque não tem uma defesa plausível para as acusações de ter sido beneficiado pelo esquema de corrupção na Petrobras.
Defesa também quis juntar aos autos informações sobre 84 missões empresariais de Lula em dois mandatos presidenciais, para atestar que o petista não agia em benefício exclusivo da Odebrecht. Moro disse, contudo, que as missões são "irrelevantes" para o processo.