“A tradição dos oprimidos nos ensina que o estado de exceção em que vivemos é na verdade regra geral. Precisamos construir um conceito de história que corresponda a essa verdade.” (Walter Benjamin)
Por Lindbergh Farias*
O ministro Teori Zavascki determinou a suspensão da Operação Métis, da Polícia Federal (PF), e seu imediato envio ao Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão é liminar (provisória) e é uma resposta a um pedido de anulação da operação apresentado pelo policial legislativo Antônio Tavares dos Santos Neto.
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o relator da Operação Lava Jato, Teori Zavascki, recusou uma delação premiada. Teori devolveu à Procuradoria Geral da República (PGR), o acordo judicial com ex-deputado Pedro Corrêa, ex-presidente do PP. A redução de pena fora aprovada, anteriormente, por Sérgio Moro, titular da Justiça Federal do Paraná.
A pedido da Lava Jato, a Polícia Federal analisou a evolução patrimonial de Fábio Luis Lula da Silva, filho mais velho do ex-presidente Lula, e concluiu que não há indícios de corrupção.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu divulgar nota oficial para se manifestar sobre a ação da Polícia Federal, na manhã desta sexta-feira (21), quando foram presos quatro policiais da Polícia Legislativa acusados de estarem atrapalhando as investigações da Operação Lava Jato. Após negar que se manifestaria sobre o assunto, por meio de sua assessoria, Calheiros divulgou a nota pública junto com outra divulgada pela Direção da Casa, também assinada por ele.
As dependências da Polícia Legislativa, no subsolo do prédio do Senado, foram cercadas de jornalistas e radialistas que, após a ação da Polícia Federal, que prendeu quatro policiais legislativos acusados de estarem atrapalhando as investigações da Operação Lava Jato, buscam saber quem são os mandantes da ação. A única informação obtida é de que a Diretoria-Geral, a qual está vinculada a Polícia Legislativa, está preparando uma nota oficial sobre o assunto que ainda não foi divulgada.
O Senado amanheceu o dia desta sexta-feira (21) cercado de carros da Polícia Federal, que deflagrou a Operação Métis, para investigar membros da Polícia Legislativa que estariam atrapalhando as investigações da Operação Lava Jato. Foram presos o diretor da Polícia Legislativa, homem de confiança do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros três policiais.
Na trama de "Alice no País das Maravilhas", a Rainha de Copas, num de seus surtos de cólera, condena Alice à decapitação. É então constituído um improvável tribunal do júri, durante o qual testemunhos são descartados e nenhuma evidência é citada. Ainda assim, seu presidente conclama os jurados a proferir sua decisão. "Não!", ordena a rainha. "Primeiro a sentença, depois o veredito."
Por Paulo Teixeira*
“Questionamento a decisões de juízes fazem parte da democracia e são saudáveis, mas nesse caso, chegou-se a uma ruptura prejudicial à própria ideia de Justiça. E grande parte da responsabilidade recai sobre os métodos excessivos, porém de ‘boa-fé’, praticado por Moro e procuradores”.
Por *Plínio Bortolotti
Eduardo Cunha está na cadeia. As provas colhidas contra ele no âmbito da Operação Lava Jato já justificariam seu encarceramento. Mas Cunha tem dupla cidadania, dinheiro no exterior e poderia, sim, fugir do país. Então, mais justificada, ainda, está sua prisão.
Por Elvino Bohn Gass *
Não é a primeira vez, em pouco mais de dois anos da Operação Lava Jato, que uma prisão feita pelo juiz Sergio Moro gera debate no mundo jurídico. Tanto que o próprio magistrado se defende, no despacho que determinou a prisão preventiva de Eduardo Cunha, de críticas feitas a ele no passado.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, acaba de ser preso. O pedido de prisão foi feito pelo juiz Sergio Moro após solicitação do Ministério Público Federal. Por razões distintas tem muita gente comemorando e outros nem tanto.
Por Theo Rodrigues*, no blog Cafezinho