Apesar das teorias conservadoras que professava, Balzac não se iludia quanto ao verdadeiro sentido dos acontecimentos”, escreveu Paulo Ronai. E foi esta postura que fez dele um dos fundadores – ao lado de Flaubert e de Stendhal – do romance realista.
Por José Carlos Ruy (*)
O mais famoso poeta sueco vivo, Tomas Transtromer, recebeu nesta quinta-feira (6) o Prêmio Nobel de Literatura. Ele é o primeiro poeta a ser agraciado com a honraria desde 1996, quando a polonesa Wislawa Szymborska foi laureada.
O músico e compositor americano Bob Dylan é o favorito para suceder o peruano Mario Vargas Llosa no ilustre clube do Prêmio Nobel de Literatura, que será anunciado nesta quinta (5), em Estocolmo, segundo uma das principais casas de apostas britânicas.
O livro Pedro e os Lobos – Os Anos de Chumbo na trajetória de um guerrilheiro urbano, do jornalista João Roberto Laque, acaba de ser indicado para a final do mais tradicional prêmio literário brasileiro
O escritor norte-americano Stephen King apresentará em novembro próximo seu mais recente romance, 11/22/63, uma história com o assassinato de John F. Kennedy como núcleo matriz e as viagens no tempo como outro assunto central.
Entre os dias 11 e 16 de outubro o Recôncavo baiano será palco da primeira Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA). O evento vai reunir escritores e especialistas em mesas de debate e palestras, que enfocarão temas como: crítica literária, heranças africanas e portuguesas, a literatura baiana contemporânea, educação, tecnologia, literatura de humor e pornografia. Acontecem ainda eventos paralelos e, para completar, atrações musicais se apresentam diariamente.
A história em quadrinhos "Tintin au Congo" (editada no Brasil como Tintim na África), criada pelo cartunista belga Hergé, vai a julgamento nesta sexta-feira (30/09). O processo judicial contra a publicação foi motivado por um cidadão congolês pedir sua retirada do mercado por supostos conteúdos racistas. A atual República Democrática do Congo, onde se passa a história, foi colônia belga entre 1908 a 1960.
Uma rede com peixe em abundância diversa. Ainda que não se trate de pescaria, o novo livro de Nagib Jorge Neto contém os nomes de todos os escritores de terras pernambucanas. Começa com Bento Teixeira, autor da “Prosopopéia”, que veio a lume – estima-se – “entre 1584 e 1594”, e termina com o ainda vivíssimo xilogravurista e cordelista J. Borges. Nagib escora-se numa bibliografia que reúne 67 obras.
Aviso a partir desta linha aos raros leitores que vou cometer uma violência, um abuso, um ato arbitrário. Vou falar de um poeta fundamental de Pernambuco, do Brasil, da América, sem falar uma só linha da sua poesia. E para isso devo ter e possuir e haver punho de ferro, sangue metido em frigorífico. Porque vou falar de Alberto da Cunha Melo sem lhe citar um só verso*. Vou falar apenas de um amigo.
No rosto murcho, a autoridade com que o proibira de ler papéis subversivos, dera lugar à inanição da morte. Toda a noite, o caixão fora velado por velhas como ela; nenhuma com choro no rosto, para não dar conta da espreita que cada uma tinha da morte. Ele dormira no último quarto do longo corredor, picado por mosquitos invisíveis, rivais do balbucio de uma reza puxada das contas do rosário de uma velha; a única a não esconder a espreita da morte.