Por Carlos Drummond de Andrade
Na primeira noite quase não dormiu, com os olhos fixos na luz parda do candeeiro. Não quis dormir, não tinha vontade; quis examinar o que lhe ocorrera nos últimos dias; para examinar-se, reter os fatos na memória, dar provas de que sobrevivera. O conchego da rede acumpliciou-se com ele. A sala, quase um vácuo, com uma mesa pequena e quatro cadeiras; o verniz escuro da madeira, ocultava-a dia e noite. Era uma casa escura, tanto quanto os passos de Júlio Neto.
Por Marco Albertim
O dia 25 de julho – quase não se sabe – é o Dia do Escritor. O dia daquele e daquela que tem o poder de agarrar o poder de uma palavra solta juntando-a a outras, dando-lhe uma trama, uma tecelagem, um tecido-sentido, um algo que faz com que o ser humano converse com a alma de outro ser humano…
Por Mazé Leite, no blog artemazeh
O Dia do Escritor é comemorado em 25 de Julho.
Segue trecho do livro no qual o escritor Ernest Hemingway estava trabalhando semanas antes do suicídio. Revivia dias alegres da sua juventude na França. Publicado postumamente em 1964, o livro inspirou muitas gerações de jovens a se tornarem jornalistas.
Conta a lenda que Ernest Hemingway nasceu em 21 de julho de 1899 nos Estados Unidos, mas não foi na América que ele encontrou seus principais personagens e sua densidade literária. O Hemingway que ganhou o Prêmio Nobel da Literatura começou a dar sinal de existência em 1921, em Paris, onde o desconhecido Ernest fez a festa e o futuro escritor Hemingway começou a carreira de jornalista.
O historiador, professor e escritor lança romance que aborda 50 anos da história do Brasil do ponto de vista de pessoas comuns, próximo ao estilo do grande escritor Lima Barreto.
Por Marcos Aurélio Ruy
Mário Benedetti, poeta uruguaio, nasceu em 14 de setembro de 1920 em Tacuarembó. Em 1945 integrou a redação do semanário Marcha e, em 1949, publicou seu primeiro livro de contos ,“Esta Manãna”. Um ano mais tarde aparecem os poemas Sólo Mientras Tanto. Em 1960, sua obra alcança transcendência internacional. É um clássico da literatura contemporânea. Sua morte em 17 de maio de 2009 deixou imenso vazio. Seu poema “Classe Média” inaugura a seção de Clássicos do Prosa, Poesia e Arte
Sentada diante do computador, com a sensibilidade à flor da pele, tento colocar em ordem minhas ideias. Há em mim uma sensação de vida mal vivida, ou parcialmente vivida, uma ansiedade de realizar coisas que se perderam, engolidas pela rotina doméstica, esperanças secretas de que algo aconteça e como clarão ilumine todo o resto.
Por Neusa Jordem Possatti*
Duas excelentes notícias para quem faz e para quem ama Arte:
O Museu de Arte Moderna de São Paulo inaugurou nesta quinta-feira (14) a exposição "No Ateliê de Portinari", que reúne obras realizadas por ele entre 1920 e 1945, que pretendemos visitar neste final de semana. Aguardem novo post sobre o assunto, dentro de alguns dias.
Por Mazé Leite, em seu blog
O sonho com a mulher que quase fora sua, deixou-o com o juízo em desordem. Tão viva a imagem se impusera, que acordou crendo na sombra viva de Alzira dentro de casa. Ela – supunha Gomes – não jazia em paz, queria redimir-se do suicídio. Um resíduo de razão, no entanto, preveniu-o de delírio, e bebeu outra xícara de café.
Por Marco Albertim
Esta entrevista se frustrou em 1989. Anotada um ano depois, em 1990.