Na controversa divisa entre a frase e o verso, “O ano de 1993”, de José Saramago, é um texto com peculiar capacidade de observação do mundo, transcrita através da sensibilidade de um exímio observador. Em 2015, o livro completa 40 anos e permanece uma leitura essencial para compreender o autor e sua obra. Tido como o terceiro livro da sua produção poética, transcende à forma literária tradicional, narrando em forma de poesia ou poetizando em forma de narrativa.
Clarissa Peixoto*, para o Vermelho
De repente ele começou a sambar bonito e veio vindo para mim. Me olhava nos olhos quase sorrindo, uma ruga tensa entre as sobrancelhas, pedindo confirmação. Confirmei, quase sorrindo também, a boca gosmenta de tanta cerveja morna, vodca com coca-cola, uísque nacional, gostos que eu nem identificava mais, passando de mão em mão dentro dos copos de plástico.
Por Caio Fernando Abreu*
A 9ª edição do maior festival estudantil da América Latina, que começa neste domingo (1º/2) no Rio, será também da literatura.
Filiados, militantes e amigos do PCdoB/CE se solidarizam com a família da professora e poetiza Idalzira Bezerra de Oliveira, que faleceu no dia 15 de janeiro. Mãe do membro do Comitê Estadual Joan Edesson, Dona Idalzira deixou, em sonetos e cordeis, rica herança para a literatura cearense. Leia a seguir a íntegra da nota aprovada pelo Secretariado do Partido no Ceará:
O Prêmio Pernambuco de Literatura, iniciativa que já publicou títulos de nove escritores pernambucanos ou que residem no estado, chega à sua terceira edição consolidado como importante estratégia fomento cultural da região.
Esta segunda-feira (12) marcou os 139 anos de nascimento de Jack London, o escritor socialista que, apesar de sua breve vida – apenas 40 anos – deixou uma vasta contribuição literária para o combate ao capitalismo e à opressão contra os povos do mundo.
Episódio ignorado à época, devido à censura durante a ditadura militar, a Guerrilha do Araguaia vem se tornando objeto de bibliografia cada vez mais extensa. Araguaia – Histórias de Amor e de Guerra, do jornalista Carlos Amorim, é o sexto livro sobre a luta armada no interior do país, sem contar as obras de circulação regional e as biografias de participantes.
Por Oscar Pilagallo*
Não tenho dúvidas de que o ano de 2015 começará “mais pobre” que o que termina. 2014 foi um ano, como devem ser todos, de muitas perdas e não vou aqui relacioná-las, mas o janeiro de 2014 foi devastador: entre outros, levou Eusébio e Pete Seeger.
Por Dr. Rosinha*
Sabe o que penso? Um tanto no fato da distância me mostrar como alguém que não sou. Devagar, pisando em ovos… quebrei uns pratos e bati a porta antes de sair. Deixei um bilhete num papel de pão, em azul bic, dizendo – entre algumas letras falhando – que voltaria logo que o dia acabasse.
Por Iberê Lopes*
O momento não poderia ser mais propício para a leitura de Os Vencedores – A Volta por Cima da Geração Esmagada pela Ditadura de 1964, do jornalista Ayrton Centeno. Enquanto a direita saudosa dos anos de chumbo sai às ruas com seus gatos pingados e barulhentos para pedir intervenção militar, a imensa reportagem de Centeno chega às livrarias para relembrar uma história sombria que calou por muitos anos militantes, músicos, cineastas, atores, jornalistas, escritores e artistas em geral.
O cordelista lança, na próxima quarta-feira (10/12), na Bienal do Livro, a biografia de Leandro Gomes de Barros.
Os amantes do livro e da leitura têm encontro marcado a partir deste sábado (6), no Centro de Eventos do Ceará, para a 11a edição da Bienal Internacional do Livro do Ceará, que segue até o dia 14, promovendo o encontro de escritores, livreiros, editores, professores, alunos e milhares de leitores interessados em conhecer as novidades do mercado de livros e literatura.