"Nighthawks, aves noturnas, falcões notívagos, gaviões da noite, essa gente que, como nós, se distrai e é engolida pelo vazio em uma noite deslocada do tempo, em que tudo pode acontecer, inclusive nada.
(…)
– Vai ver foi. Numa noite dessas, não descreio de nada, nem de alçapões, nem de vazios emolientes, nem de mortos que pintam vazios às altas horas da madrugada."
Mazé Leite
O golpe militar de 11 de setembro de 1973 matou a democracia no Chile. E os fascistas deixaram morrer (em 23 de setembro de 1973) o poeta Pablo Neruda comunista, Nobel de Literatura, e então gravemente doente. Sua obra foi expressão da luta do povo contra as mazelas do capitalismo. Prosa Poesia e Arte reproduz, aqui, artigo publicado em Princípios, no centenário do poeta, de autoria de Volodia Teitelboim, escritor e dirigente histórico do Partido Comunista do Chile.
Por Volodia Teitelboim
O motivo do mal-estar do escritor paraibano Ariano Suassuna foi um aneurisma cerebral, conforme diagnóstico do Real Hospital Português, no Recife, onde ele está internado desde o início da tarde de quinta-feira (29).
Ignominia na tevê: personagem obesa em novela da Globo ridiculariza mulheres que fogem ao padrão de beleza dominante. Uraniano Mota contrapõe, ao ridículo da novela, um trecho de seu romande O filho renegado de Deus
Por Urariano Mota
Um dos momentos mais tocantes no filme Diários de motocicleta, de Walter Salles, que narra a viagem do jovem Ernesto “Che” Guevara pela América do Sul na companhia do amigo Alberto Granado, é quando “Che” visita um leprosário da Amazônia peruana.
Por Izaías Almada
Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos…
Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem meias, pátria minha
Tão pobrinha!
(Vinícius de Moraes. "Pátria Minha". In. Antología sustancial, Adriana Hidalgo Editora, 2013).
Por Marcos Aurélio da Silva (*)
Em um espaço de mais de 55 mil metros quadrados (m²), livros de todos os gêneros e estilos literários foram colocados à disposição do público na tarde desta quinta-feira (29), com a abertura da 16ª Bienal Internacional do Livro, no Riocentro, zona oeste da capital fluminense. A bienal completa agora 30 anos de criação. A bienal estará aberta até o dia 8 de setembro.
As preocupações do setor editorial com a nova lei do direito autoral de obras literárias em tempos de convergência digital foram destacadas na abertura da 16º Bienal Internacional do Livro, nesta quinta-feira (29), na capital fluminense.
Ao todo serão cerca de 15 lançamentos nos quatro dias de feira.
A 16ª edição da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que será aberta no próximo dia 29, no Riocentro, em Jacarepaguá, zona oeste da cidade, tem um recorde de estrangeiros: são 27, de um total de 100 escritores participantes. Com 950 expositores, a expectativa é receber 600 mil visitantes até o dia 8 de setembro. Este ano o país homenageado será a Alemanha, dentro da programação do Ano da Alemanha no Brasil. Estarão disponíveis obras de 11 autores daquele país.
O livro El Moncada, la respuesta necesaria do historiador Mario Mencía (Cruces, Cuba, 1931), é um interessantíssimo relato que se lê como um romance. Sua estrutura cinematográfica e a fluidez de sua prosa facilitam a compreensão deste transcendental capítulo histórico.
Por Angel Guerra Cabrera*
Para o historiador E. P. Thompson, Raymond Williams (1921-1988) “é o melhor entre nós”. O “nós” refere-se à formação da Nova Esquerda britânica, geração cuja produção em diferentes disciplinas, entre os anos de 1960 e 1990, deu uma guinada na vida intelectual anglo-saxã e, por extensão e influência, em diversas outras partes do mundo – com figuras como o próprio E. P. Thompson, Eric Hobsbawm, Raphael Samuel, Perry Anderson, entre outros.
Por Ângela Almeida (*)