Militar aparece ao lado de grupo detido. PM não cita seu paradeiro e nega saber de ação de inteligência.
Por Marina Rossi, do El País
Os protestos dos trabalhadores brasileiros se intensificam em setembro na defesa dos direitos e contra o retrocesso simbolizado pelo governo de Michel Temer. As centrais de trabalhadores do país anunciaram ato nacional para o dia 22. Os bancários completam sete dias de greve e podem ter a companhia ainda neste mês dos trabalhadores das empresas de correios e dos petroleiros. No dia 29 de setembro, metalúrgicos de todo o país farão paralisação nacional.
Por Railídia Carvalho
Todo fascista é, antes de tudo, um medíocre. Mas considera esta constatação uma afronta — e reage violento. Evitar que esta passionalidade torne-se perene é um dos desafios centrais de hoje
Por Fran Alavina*, no portal Outras Palavras
As manifestações que aconteceram nas principais capitais nos últimos dias, tendo à frente os movimentos sociais e populares, pedindo a saída de Michel Temer atestam que a crise está longe de terminar. Talvez tenhamos aí o início de uma primavera brasileira por democracia, eleições diretas para presidente e contra as reformas previdenciária e trabalhista que o governo pretende aplicar.
Por Paulo Paim*
Manifestantes fizeram ato contra o governo de Michel Temer na Esplanada dos Ministérios, do lado oposto ao desfile que marca o Dia da Independência. A concentração foi marcada para as 8h30, pouco antes do início das celebrações de 7 de setembro, agendadas para as 9h. Um grupo estendia quatro faixas com os dizeres: “Fora Temer, eleições já”, deixando-as visível para quem descia o Eixo Monumental em direção ao Congresso Nacional.
A afirmação é do cientista político e ex-presidente do IPEA, Jessé de Souza, em entrevista que concedeu ao programa “Na sala de visitas com Luis Nassif”. Jessé lança livro sobre a radiografia do golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff. Na entrevista, afirma que o golpe de 2016 nasceu em junho de 2013, não pelos grupos que convocaram as manifestações, mas porque a força das ruas foi, posteriormente, manipulada e manejada pela grande imprensa em favor dos objetivos da elite brasileira.
O senador Lindbergh Farias (PT/RJ), o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) e o ex-ministro Roberto Amaral foram alvo da violência policial na noite de ontem. Eles participavam do ato contra o governo Temer quando, ao final do protesto, sem qualquer motivo, a Polícia Militar atacou os manifestantes com gás lacrimogêneo e balas de borracha.
O golpista Michel Temer desafiou a ruas e as manifestações deste domingo (4) em todo o Brasil foram imensas. A de São Paulo, segundo relatos dos colegas que lá estiveram, contou com mais de 100 mil pessoas. Saiu da Avenida Paulista, desceu a Rebouças e foi terminar no Largo da Batata. A GloboNews não cobriu nada do protestos.
Por Renato Rovai*, em seu blog
Na China, para onde embarcou após tomar posse, presidente mostra desconsideração por manifestações democráticas. Movimentos esperam fazer grande ato domingo (4), a partir das 16h30, na Avenida Paulista.
Ari Alberti, da coordenação do Grito dos Excluídos fala sobre a 22ª edição do Grito dos Excluídos que ocorre em setembro e terá no dia 7 a maior concentração de mobilizações.
Depois de três dias seguidos de repressão policial aos protestos contrários ao impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo, decidiu agora proibir que ocorram manifestações na avenida Paulista, no próximo domingo (4). Na data, dois atos já estavam programados.
Três importantes organizações de direitos humanos do Brasil – Anistia Internacional, Conectas e Artigo 19 – emitiram nota na quarta (31), condenando a violência cometida pela Polícia Militar de São Paulo contra manifestantes que, desde a última segunda-feira (29), realizam protestos contra o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.