Apresentação foi registrada pelo Guinness como maior participação paga em um show de artista solo; Elza Soares homenageou Tina Turner em clipe de 2019
Repórter da Agência Pública percorre a história do Maracanã, patrimônio cultural destruído com autorização do Iphan e abandonado pelo poder público depois de mais de R$ 1,3 bilhão gasto em obras suspeitas de alimentar a corrupção.
Por Rogério Daflon, na Agência Pública
O Estádio do Maracanã é o mais famoso do Brasil e será palco de sete jogos e da final da Copa do Mundo. A arena também foi uma das mais caras do Mundial, o valor final ultrapassou R$ 1 bilhão. Os gastos acima do previsto e a entrega do estádio à iniciativa privada estão entre as principais queixas dos movimentos sociais.
Os donos de cadeiras cativas no Maracanã podem solicitar indenização por não poderem assistir aos jogos da Copa do Mundo, de 12 de junho a 13 de julho. O valor pode chegar a quase R$ 4,5 mil, referentes aos sete jogos que ocorrerão no Rio. São 4.968 pessoas com direito a lugares cativos, por terem comprado assento vitalício na época da construção do Maracanã, entre 1948 e 1950.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) exigiu novo laudo técnico de engenharia do Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã), para verificar se o local está atendendo às regras de funcionamento. A notificação foi feita à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à concessionária Complexo Maracanã Entretenimento S/A, que administra o estádio e terá mais 30 dias para cumprir a exigência.
Em encontro com a comissão que defende o tombamento das instalações ao redor do Estádio do Maracanã, a presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema de Sousa Machado, prometeu analisar o caso. O grupo também pediu à presidenta que o instituto revogue a autorização de demolir a área, emitida pela superintendência do Iphan no Rio de Janeiro.
A partida entre as seleções do Brasil e da Inglaterra, que terminou empatada em 2×2, registrou um público de 66 mil pessoas. Foram vendidos 57 mil e 20 ingressos, além de 4 mil e 55 gratuidades e 4 mil e 500 cadeiras cativas. A renda total alcançou R$ 8,6 milhões, recorde no país.
A juíza Gisele Guida de Faria, da 9ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), concedeu nesta sexta-feira (10) liminar impedindo a assinatura de contrato no processo de concessão do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. O pedido foi feito pelo Ministério Público (MP).
O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Marfan Martins Vieira, entrou com um recurso no Tribunal de Justiça do Estado contra o processo de licitação para a concessão do Estádio Mário Filho, o Maracanã. É a segunda tentativa do Ministério Público Estadual para anular o processo licitatório.
Após mais de dois anos em obras, o Estádio Mário Filho, mais conhecido como Maracanã, foi reaberto na noite deste sábado com um show de artistas brasileiros seguido por um jogo entre amigos dos ex-jogadores Bebeto e Ronaldo.
A urbanização do entorno do Estádio Mário Filho, o Maracanã, deve ser concluída em 27 de maio, cerca de 20 dias antes do início da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol (Fifa) deste ano. A obra é a principal intervenção da prefeitura do Rio de Janeiro para a competição, que é considerado evento-teste para a Copa do Mundo da Fifa de 2014.