A proliferação do ensino a distância (EaD) nos cursos de pedagogia e a falta de ação do Ministério da Educação (MEC) para coibir isso é hoje o sinal mais preocupante das políticas públicas na área, diz Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação. “A melhor política para educação básica que o MEC pode fazer é a formação inicial dos professores.”. Segundo ela, o EaD está “estrangulando” o País ao despejar profissionais despreparados nas redes de ensino.
Reitores de universidades federais criticaram duramente o programa Future-se do Ministério da Educação (MEC) por interferir na autonomia das universidades públicas. A pretexto de permite às universidades públicas a captação de recursos privados por meio de contratos com organizações sociais (OSs) sem a necessidade de chamada pública, os reitores disseram durante audiência pública, promovida pela Comissão de Educação (CE), nesta terça-feira (17), que falta de clareza nas regras propostas.
O Ministério da Educação (MEC) já admite que o projeto “Future-se” – aposta do governo Jair Bolsonaro (PSL) para privatizar o ensino superior – será um fracasso. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o ministro Abraham Weintraub projetou que apenas “um quarto” das 68 universidades federais do País pode aderir à iniciativa. A rejeição ao programa foi manifestada por inúmeros reitores do País, mas Weintraub, do alto de sua arrogância, atribuiu a crise ao “pessoal militante politicamente”.
Mais de 40 universidades e institutos federais já criticaram o “Future-se”, o mais privatista dos programas do governo Bolsonaro (PSL) para a educação. A medida, anunciado pelo MEC (Ministério da Educação), abre as instituições públicas de ensino superior para a entrada desenfreada de recursos e projetos da iniciativa privada. A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) foram além e já se manifestaram oficialmente contra a adesão ao programa.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) e mais 186 entidades estudantis (entre DCEs, Centros Acadêmicos e Uniões Estaduais dos Estudantes) lançaram neste sábado (3) um manifesto contra o nefasto programa “Future-se”, anunciado pelo MEC no último dia 17 de julho. O documento ressalta a importância da autonomia das universidades federais, assim como sua independência do setor privado.
Os ministérios da Cidadania, da Educação e da Economia serão as pastas mais afetadas pelo bloqueio de verbas de R$ 1,443 bilhão anunciado pelo governo na semana passada. O decreto com a distribuição dos cortes, editado pelo presidente Jair Bolsonaro, foi publicado na noite desta terça-feira (30/07) em edição extraordinária do Diário Oficial da União.
Cortes orçamentários, declarações confusas e ausência de projeto. Para Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação, os primeiros sete meses de Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência da República refletem a concepção retrógrada de um político que enxerga na universidade pública uma ameaça.
No governo Jair Bolsonaro (PSL), não há mais preocupação com a formação, distorcendo o propósito de programas e fazendo-os meramente meios de satisfazer o apetite por lucros das empresas de educação e do capital financeiro.
Por Madalena Guasco Peixoto*
Nos seis primeiros meses de governo Jair Bolsonaro (PSL), poucos ministérios despertaram tanta polêmica e debate quanto o da Educação (MEC). Citada pelo presidente como área que seria prioritária em sua gestão, a educação manteve-se sob os holofotes do país inteiro: foi alvo de um corte bilionário de gastos públicos, o que motivou os maiores protestos populares de rua registrados neste primeiro semestre.
Em postagem criminosa do Twitter, o ministro da Educação do governo Bolsonaro, Abraham Weintraub, comparou nesta quarta-feira (27) os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff à cocaína encontrada em avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Além da reação negativa nas redes sociais, o tuíte de Weintraub levou o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) a anunciar nova convocação do ministro à Câmara Federal.
Por André Cintra
A juíza federal Renata Almeida de Moura Isaac, da 7ª Vara Federal, em Salvador, decidiu suspender na sexta-feira (7) os bloqueios orçamentários determinados pelo MEC (Ministério da Educação) sobre as verbas destinadas às universidades federais.
A Justiça mandou o Ministério da Educação (MEC) suspender os cortes em universidades federais. A pasta tem 24 horas para cumprir a ordem judicial sob pena de multa diária de R$ 100 mil. O governo pode recorrer.