O governo do presidente mexicano Enrique Peña Nieto participou do ataque aos estudantes da escola normal rural de Ayotzinapa na noite de 26 de setembro em Iguala, no Departamento de Guerrero, que resultou em três mortos e 43 desaparecidos. Testemunhos, vídeos, relatórios inéditos e declarações judiciais que constam dos procedimentos da Procuradoria Geral de Justiça de Guerrero mostram que a Polícia Federal (PF) participou diretamente dos fatos.
Por Anabel Hernandez*, na Agência Pública
Os pais dos 43 estudantes desaparecidos no México retomaram nessa terça-feira (13) o diálogo com o governo federal. Eles voltaram a exigir a abertura de uma investigação sobre o papel do Exército nos acontecimentos de 26 de setembro.
Alunos da Escola Normal Urbana Federal do Istmo (Enufi) bloquearam, nesta terça-feira (13), os acessos à Cidade Ixtepec, no México, em apoio aos estudantes que pretendiam ingressar em uma instalação militar para procurar os normalistas desaparecidos.
Familiares dos estudantes mexicanos desaparecidos desde setembro do ano passado realizam nesta terça-feira (6) os preparativos para iniciar uma busca. Eles têm exigido do Exército que abram seus quartéis a fim de localizar os jovens.
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, anunciou, nesta segunda-feira (5), medidas de apoio à economia familiar, incluindo um programa de apoio a jovens empreendedores, e prometeu combater a corrupção.
Neste ano, as cerimônias e altares do Dia dos Mortos não foram destinados a personalidades da arte popular. As canas, laranjas, tejocotes, velas, incensos, caveirinhas de açúcar e flores de cempaxúchitl foram oferecidos aos estudantes desaparecidos que hoje contam a história de um México que se revela.
Por Victoria Darling*, no Le Monde Diplomatique
Salvo quem acompanha a mídia independente, ou recebe seus e-mails, se você perguntar pra qualquer cidadão brasileiro o que está acontecendo no México, a maioria vai dizer: “tô sabendo, o Chaves e o Chapolin morreram”.
Por Michel Yakini, no Brasil de Fato
Tráfico de drogas, assassinatos, extorsão e, cada vez mais, administração pública. A participação de organizações criminosas no Estado mexicano parece não ter limites. O massacre de 43 estudantes em setembro catalisou a cólera da população.
Por Rafael Barajas e Pedro Miguel*, no Le Monde Diplomatique
Pais e companheiros dos estudantes normalistas desaparecidos em Ayotzinapa convocaram a sociedade a não votar nas eleições de 2015 até que as autoridades encontrem com vida os jovens.
A Rede de Intelectuais, Artistas e Movimentos Sociais em Defesa da Humanidade emitiu, nesta quinta-feira (25), um comunicado para expressar sua indignação pelo assassinato de seis pessoas e a desaparecimento dos 43 estudantes da escola Normal Rural de Ayotzinapa nos dias 26 e 27 de setembro em Iguala, no departamento de Guerrero, ao sul do México.
“Os levaram vivos, vivos os queremos”, é o que continuam pedindo as famílias de Ayotzinapa há três meses, desde que seus 43 filhos desapareceram. Neste Natal e festividades de final de ano faltam os estudantes e os pais seguem em busca de justiça.
As famílias dos 43 estudantes desaparecidos há quase três meses no México pediram a intervenção do papa Francisco para tornar mais visível a busca de justiça. O governo reconhece que o país precisa de “transformação profunda”.