Se fosse para resumir a essência do golpe, se trata de uma ditadura do capital sobre o trabalho. A ruptura com a democracia se dá porque, na democracia, os trabalhadores e suas organizações têm melhores condições de se defender, de lutar por seus direitos, de garantir seus interesses. Na ditadura, se criam as melhores condições para intensificar a superexploração dos trabalhadores.
Por Emir Sader
Aeroportos, rodovias, ferrovias, campos de petróleo e obras de saneamento. Tem de tudo no pacote de 32 projetos de infraestrutura que o governo Michel Temer pretende entregar à iniciativa privada em 2017 e 2018. O programa de concessões e privatizações, intitulado “Crescer”, foi lançado nesta terça (13), como pontapé inicial ao entreguismo que deve marcar a gestão pós-golpe, com prejuízos para a população e todas as deferências ao mercado.
O governo ilegítimo Michel Temer retirou o quórum da sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, nesta terça-feira (13), para impedir a ida do ex-advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, à Câmara dos Deputados. Ele daria detalhes sob a pressão que sofreu do próprio Michel Temer e do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, para não avançar na obtenção de elementos da Operação Lava Jato.
O presidente Temer é um homem acuado pela a direita e pela esquerda. Por esta, legitimamente, porque sendo ele próprio e seu partido de centro, aliou-se à direita dogmática, neoliberal e se comprometeu com ela a realizar “reformas” que, na verdade, representam uma tentativa de acabar com o Estado do bem-estar social no Brasil (emenda do “teto”) e com os direitos trabalhistas (emenda da “flexibilização” da CLT).
Por Luiz Carlos Bresser-Pereira
O líder do PT, senador Humberto Costa (PE), e o da Rede, senador Randolfe Rodrigues (AP), apresentaram, nesta segunda-feira (12), requerimentos de informações dirigidos ao ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e à advogada-geral da União, Grace Mendonça, para que esclareçam suas atuações na demissão do ex-advogado-geral Fábio Osório Medina. Os senadores também apresentaram pedidos de convocação das duas autoridades para explicar o caso ao Senado.
Uma das claras demonstrações da manipulação midiática no país que cerca a conspiração de Cunha-Temer para chegar à Presidência da República é o noticiário sobre a busca para “estancar a Lava Jato”.
As últimas notícias não podem ser mais claras: descumprindo norma de funcionamento da Comissão de Anistia que vigora desde 2001, Michel Temer exonerou seis conselheiros e nomeou outros 20. Entre estes, o professor de Direito Constitucional da USP Manoel Gonçalves Ferreira Filho, conhecido apoiador da ditadura civil-militar instaurada no Brasil em 1964.
Por Urariano Mota*, no Diário de Pernambuco
Após definir data de paralisação nacional da categoria, para 29 de setembro, os Sindicatos, Federações e Confederações metalúrgicas já começam a mobilizar as bases para resistir aos ataques neoliberais do governo de Michel Temer.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que deve ser julgado nesta segunda-feira (12) pelo plenário da Câmara dos Deputados, disse considerar “absurdo” ter o mandato cassado sob a acusação de mentir. “Ser cassado sob acusação de mentir? Como se todo mundo só falasse a verdade?”, disse ele.
A entrevista de Michel Temer a O Globo e a manchete do Estadão desenham o que é Michel Temer: um homem vazio de qualquer conteúdo, exceto o de sua natureza traiçoeira e ambiciosa.
Por Fernando Brito*, no Tijolaço
O ilegítimo presidente da República, Michel Temer e o deputado Eduardo não é de ocasião, vem de longa data. Em um vídeo gravado durante a campanha eleitoral que volta a circular nesta segunda-feira (12) nas redes sociais, Temer declara que entrega suas “tarefas difíceis à fé do deputado Eduardo Cunha”.
Temer disse ao O Globo como se sente ao sentar-se à mesa presidencial: "Eu me sinto aqui como Carlos Magno. Quando eu tinha 11 anos de idade, eu ganhei um livro chamado Carlos Magno e os 12 cavaleiros da Távola Redonda e eu li aquele livro e era assim: os doze cavaleiros”.
Por Alex Solnik*, no Brasil 247