A vaca subiu no telhado. Como evidenciaram as gravações feitas por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro e delator da Lava Jato, a solução Michel Temer foi para barrar as investigações e pôr fim ao que o senador Romero Jucá (PMDB) chamou de “sangria”.
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) pediu ao Congresso Nacional que rejeite a proposta do governo ilegítimo de Michel Temer que fixa limite para os gastos públicos por entender que essa medida causaria graves prejuízos ao país. Em sua avaliação, essa limitação não conseguiria reduzir a dívida pública, afetaria a soberania nacional e ainda poderia culminar com a entrega dos bens e da riqueza do país a grandes potências.
Após a divulgação oficial da delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o ministro do Turismo de Temer, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pediu demissão do cargo nesta quinta-feira (16). Com ele, totalizam três ministros que pediram para sair depois de denúncias de envolvimento no esquema da Lava Jato.
Chamado de livro-almanaque por seus editores, o "Quem foi quem na Constituinte – nas questões de interesse dos trabalhadores" – é uma obra valiosa para que se conheça a posição dos constituintes em favor dos trabalhadores. A publicação se torna atual quando se avalia o desempenho do presidente ilegítimo, Michel Temer, como deputado constituinte.
A delação premiada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro e apontado como operador do PMDB no esquema de propinas da Lava Jato, que citou uma suposta propina articulada entre ele e o presidente interino Michel Temer abalou as estruturas já corroídas do governo golpista.
Durante Audiência Pública em defesa da democracia na Assembleia Legislativa da Paraíba, em João Pessoa, nesta quarta-feira (15), a presidenta eleita Dilma Rousseff disse que as delações da Lava Jato reforçam a denúncia de que o objetivo do impeachment era evitar que as investigações atingissem integrantes da cúpula do PMDB. A declaração de Dilma foi feita ao ser indagada sobre a delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, que cita propina ao Michel Temer (PMDB).
O governo provisório de Michel Temer quer limitar, por 20 anos, o crescimento dos gastos públicos à variação da inflação do ano anterior. Para o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, a medida tem custo social enorme e não ajuda na retomada do crescimento. De acordo com ele, o equilíbrio fiscal proposto por Temer faz uso de uma terapia “parcial”, que pesa sobre o povo e poupa os que lucram com juros da dívida.
O financismo pretende sufocar os serviços de saúde, educação, previdência e demais direitos republicanos que devem ser oferecidos pelo Estado brasileiro.
Por Paulo Kliass*
A delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, divulgada pela imprensa nesta quarta-feira (15), aponta que o presidente Michel Temer (PMDB) pediu propina de cerca de R$ 1,5 milhão para Machado em 2012. O pagamento teria saído dos cofres da Queiroz Galvão, uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. Machado também citou o senador Aécio Neves (PSDB). Segundo ele, Aécio teria sido o maior beneficiado em pagamento de propina em 1998.
Duas notícias veiculadas pela mídia suscitam interrogações sobre o processo da crise política brasileira e apontam a duas referências culturais: de Cícero, à espada de Dâmocles, e Jonas, da narrativa do Antigo Testamento e que, nas tradições náuticas, simbolizará aquele que, por incompetência ou má sorte, compromete aos seus correligionários.
Por Alexandre Weffort*
O governo provisório de Michel Temer quer enviar ao Congresso uma proposta para impedir que uma pessoa receba mais de um benefício social. A informação está na coluna Painel da Folha de S.Paulo do último sábado (11). Depois de sinalizar que pretende reduzir o número de beneficiários do Bolsa Família, agora a gestão interina busca ampliar ainda mais os prejuízos para as famílias mais pobres
Em texto publicado no dia 13 de junho na edição em inglês da agência Xinhua – a empresa estatal de notícias da China – o atual governo provisório do Brasil é criticado por procurar enfraquecer a cooperação no seio do grupo Brics, que reune o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul.