A nomeação do deputado federal Fernando Filho (PSB-PE) para o Ministério das Minas e Energia causou desconforto dentro do PSB, cuja direção nacional já havia decidido que não ocuparia cargos na gestão de Michel Temer (PMDB-SP).
O movimento contrário ao golpe de estado que afastou temporariamente a presidenta Dilma da presidência, vem ganhando cada vez mais força e adesão popular. Durante a semana, diversas manifestações e debates irão ocorrer, denunciando um governo do PMDB não representativo, eleito de forma indireta, e as consequências nocivas da sua política neoliberal para um longo período de retrocesso nos avanços e conquistas sociais.
Os que hoje usurpam o governo da presidenta Dilma Rousseff adotaram, com apoio da mídia, um discurso falso de combate à corrupção. Em entrevista, Alexandre de Moraes, ministro da Justiça de Michel Temer, chegou a dizer que no governo Dilma a corrupção era endêmica e que “na Petrobras, não foi um ou outro servidor que se desviou”, mas “a estrutura da empresa”, o que para ele “é totalmente diferente”.
Poucos dias após ascender, o início do conjunto do governo Temer rapidamente moldou o retrato legítimo de uma ponte para o passado. Ao mesmo tempo em que saíram de cena os laços da política fundada pela Nova República (1985 – 2016), constituída com o apoio fundamental do PMDB na transição da Ditadura Militar (1964 – 1995) para a universalização do voto, apareceram sinais de retrocesso comparáveis aos esquemas tradicionais da República Velha (1889–1930).
Por Marcio Pochmann*, na Rede Brasil Atual
Compondo um ministério com pelo menos 7 investigados na Lava Jato e recém-saído de um governo coberto de suspeitas de corrupção em esquemas como trensalão e merendão, o ministro da Justiça do gabinete de Michel Temer, Alexandre de Moraes, disse que não há investigações sobre esses casos porque “não têm escândalos”.
Uma reportagem russa, legendado para o português, aponta que os governos da Rússia e da China — maiores parceiros comerciais do Brasil — não deverão reconhecer o governo golpista de Michel Temer e farão a denúncia do golpe ao grupo Brics. O âncora do jornal reitera ainda que o protagonista do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff foi Eduardo Cunha, o que favoreceu o vice-presidente Michel Temer (PMDB) a assumir o poder.
Uma reportagem russa, legendado para o português, aponta que os governos da Rússia e da China — maiores parceiros comerciais do Brasil — não deverão reconhecer o governo golpista de Michel Temer e farão a denúncia do golpe ao grupo Brics. O âncora do jornal reitera ainda que o protagonista do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff foi Eduardo Cunha, o que favoreceu o vice-presidente Michel Temer (PMDB) à assumir o poder.
Milhares de manifestantes fizeram na tarde deste domingo (15) uma caminhada pela Rua da Consolação, em São Paulo, contra o presidente golpista Michel Temer.
Na avaliação do economista e professor da UFRJ, João Sicsú, a gestão de Michel Temer aplicará um novo modelo econômico e social, cujos componentes são “arrocho salarial, redução do Estado e de sua eficiência e sequestro do Orçamento e de direitos sociais e trabalhistas”. Cético em relação à aposta de Temer na recuperação via setor privado, ele alerta que, mesmo que o país volte a crescer, isso acontecerá sem distribuir renda e riqueza – como na ditadura de 1964, comparou.
Por Joana Rozowykwiat
Quando da posse do desgoverno Temer, com a confirmação da escalação do seu time de ministros, tive a certeza de que se tratava de um bando de jogadores de quinta categoria.
Por Arruda Bastos*
O governo Temer nasceu tecnicamente morto.
Ele não anda – se arrasta.
O ministério da “Salvação Nacional” é o retrato acabado disso.
Por Paulo Nogueira*
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, criticou a nomeação de ministros investigados ou citados na Operação Lava Jato pelo presidente ilegítimo Michel Temer. A entidade, que manifestou apoio ao golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, agora cobra "que o novo ministério não seja composto por pessoas sobre as quais pesem dúvidas.” Entre os 23 ministros, há dois investigados e sete citados na Operação Lava-Jato.