O beija-mão ocorreu em 1946, logo após o final da Segunda Guerra Mundial, quando o general Dwith Eisenhower visitou o Brasil. Na homenagem a ele prestada pela Câmara dos Deputados o então deputado Otávio Mangabeira, da UDN, falou em nome da casa. Ao final o general estendeu a mão para cumprimentá-lo.
Por Aldo Arantes*
A tão falada "governabilidade" do governo de Michel Temer derrete. O Congresso Nacional aprovou o texto-base, mas não concluiu a votação do projeto que revisa as metas fiscais de 2017 e de 2018 para um déficit de R$ 159 bilhões. A sessão se arrastou pela madrugada desta quarta-feira (31) e o governo não conseguiu garantir o quórum para votar o texto principal e dar prosseguimento a votação, que analisava cinco destaques, não foi alcançado.
"Brasil em liquidação", resume o presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino, sobre as medidas do governo de Michel Temer. Para ele, o governo pratica o desmonte das econômicas e sociais do país colocando o patrimônio público a venda a preço de banana.
O presidente Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-deputado preso Eduardo Cunha (PMDB-RJ), são líderes incontestes da repugnância dos eleitores. Pesquisa do Instituto Ipsos publicada no último sábado (26) no Estadão aponta uma surpresa: Mesmo com ataque midiático ferrenho, a taxa de desaprovação dos eleitores brasileiros em relação aos líderes do PSDB como José Serra, Geraldo Alckmin e FHC é maior do que a rejeição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os movimentos de aceleração da venda de patrimônio público e da absurda adoção de um tal “semipresidencialismo” que é um mero disfarce, como registra Bernardo Mello Franco hoje na Folha, “para o velho parlamentarismo, que os brasileiros já rejeitaram em dois plebiscitos” não são desconexos.
Por Fernando Brito*, no Tijolaço
Com a euforia do mercado financeiro com o anuncio da intenção de privatizar a Eletrobras, o governo de Michel Temer tenta manter o clima e anunciou nesta quarta-feira que pretende privatizar a Casa da Moeda, órgão que confecciona as notas de real, além de passaportes brasileiros, selos postais e diplomas.
O mercado financeiro está eufórico com a notícia anunciada pelo governo de Michel Temer de privatização da Eletrobras. Nesta terça-feira (22), o principal índice da B3 (antiga Bovespa) operou em forte alta, chegando a bater o patamar de 70 mil pontos, tendo a estatal como destaque de alta, chegando a quase 50% nos papéis ordinários.
Por Dayane Santos
“O Brasil tem protagonizado vergonhosamente um declínio inequívoco do empenho enquanto Estado para erradicar o trabalho escravo. Foi isso que o governo fez: inviabilizou a fiscalização do trabalho escravo”, declarou o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, Carlos Fernando da Silva Filho. Em audiência pública nesta segunda-feira (21) no Senado Federal ele afirmou que o contingenciamento feito este ano no orçamento da inspeção compromete o combate ao trabalho escravo.
O Congresso Nacional aprovou, a toque de caixa, a Medida Provisória 775/2017, que introduz nova regra aos financiamentos baseados na alienação fiduciária, que é a grande maioria dos financiamentos feitos pela classe média para a compra de imóveis. Pela regra atual, quando um mutuário financia o imóvel e fica inadimplente, a instituição financeira toma o apartamento ou casa e faz o leilão, mas se arrecadar valor menor do que a dívida, o mutuário fica livre da obrigação.
Enquanto reclama de herança maldita e das dificuldades em fechar as contas, e com esse argumento aumenta impostos para a população, como o dos combustíveis, o governo de Michel Temer deixará de arrecadar bilhões do empresariado, por opção.
O golpe contra o povo vai ganhando contornos cada vez mais perversos. O auxílio doença, um benefício pago aos trabalhadores que, por conta de um acidente ou doença, precisem de uma renda para sobreviver num período temporário de incapacidade para o trabalho, é o novo alvo do governo de Michel Temer para cobrir o rombo nas contas e cumprir a meta fiscal que subiu de R$ 139 para R$ 159 bilhões.
Por Dayane Santos
O economista Pedro Rossi afirmou em entrevista para a rádio Unicamp que é falsa a tese defendida pela grande mídia de que é preciso continuar o corte de gastos de despesas obrigatórias, que seriam saúde e educação. Ele considerou “perversidade extrema” a posição da mídia brasileira em geral apontando para mais arrocho nessas áreas que atendem a maioria da população. O tema da entrevista foi o novo ajuste fiscal anunciado por Temer para “equilibrar as contas públicas”.