Renomados veículos da imprensa internacional, porta-vozes do capital financeiro, dos grandes monopólios e oligopólios econômicos e dos interesses estratégicos do imperialismo, publicaram reportagens, editoriais e colunas nos últimos dias sobre a eleição presidencial brasileira, pregando abertamente o voto no candidato do PSDB, José Serra
A farsa da suposta “agressão de militantes petistas” ao candidato à Presidência José Serra (PSDB) contou, nesta quarta-feira (20), com a mãozinha da TV Globo. É o que informa, em seu blog, o deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ).
Por André Cintra
O presidenciável do PSDB, José Serra, trata princípios de democracia e de liberdade de imprensa de forma relativa. Quando exposto diante de fatos que possam não lhe ser favoráveis, o tucano reage de maneira autoritária e busca os mesmos mecanismos de censura adotados durante a ditadura para tentar intimidar e proibir a veiculação de notícias.
Uma ação questionando a omissão do Legislativo em normatizar o direito de resposta foi ajuizada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e pela a Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão (Fitert). Segundo a ação, após revogação da Lei de Imprensa pelo Supremo, a regulação do assunto ficou prejudicada.
Questionado na edição desta terça-feira (19) do Jornal Nacional por William Bonner e Fátima Bernardes, o presidenciável tucano, José Serra, mais uma vez não explicou o seu relacionamento com o engenheiro Paulo Vieira de Souza, também conhecido como Paulo Preto. Souza é acusado por líderes do PSDB de desviar R$ 4 milhões da campanha do partido.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) acabou com as facilidades da TV Globo quanto à aquisição dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Em reunião ocorrida nesta quarta-feira (20), no Plenário do Cade, o órgão decidiu pela extinção de um artifício que garantia preferência à emissora nas negociações.
Dirigentes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) repudiam ação do PSDB para cassar material com posição das entidades em relação ao segundo turno das eleições e dizem que ataques aos materiais das centrais são para desviar a atenção do "escandaloso flagrante policial em gráfica ligada à campanha de Serra", conforme defende nota assinada pelo presidente da CUT, Artur Henrique.
Ganhe quem ganhar a Presidência da República no próximo dia 31, já dá para saber quais foram os grandes derrotados desta inacreditável campanha eleitoral de 2010: a imprensa da velha mídia, mais engajada e sem pudor do que nunca, e as igrejas em geral, com amplos setores medievais de evangélicos e católicos transformando templos em palanques e colocando a religião a soldo da política.
Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, rebateu reportagem publicada no Globo e reiterou, nesta quarta-feira (20), que o orçamento de sua pasta superou a meta de 1% dos recursos de todo o governo. Juca afirmou que o orçamento de seu ministério saiu de uma média de R$ 287 milhões na gestão anterior e atingiu R$ 2,5 bilhões este ano. Este número representaria 1,2% do montante global do orçamento da União. Para ele, a reportagem foi motivada pela disputa eleitoral.
Não é sem razão que a mídia hegemônica e golpista está em pé de guerra no Brasil e em toda a América Latina contra a presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Na terça-feira (19), a líder peronista teve a ousadia de propor a nacionalização dos meios de comunicação em seu país, ressalvando que isto não significa a estatização pura e simples.
Veja o que seria a mesma notícia nas duas maiores emissoras do país, a Globo e a Record. Na primeira a atividade de campanha é mostrada, bem como o protesto de moradores indignados. Já na Globo…
A professora de Filosofia, Marilena Chauí, 69 anos, foi uma das intelectuais mais entusiasmadas no ato de apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT), no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro, segunda-feira à noite (18). No púlpito, puxou um santinho do adversário José Serra (PSDB) e criticou o uso de uma mensagem religiosa ("Jesus é a verdade e a justiça") na propaganda política. "É religiosamente obscena", atacou.