Esta semana o movimento Ocupa Minc comemora 100 dias ocupação no espaço do antigo Canecão, em Botafogo, no Rio de Janeiro. A programação vai trazer além de debates e atividades culturais um debate com candidatos a vereador para as eleições municipais na capital fluminense nesta quarta-feira (24). Confira a programação.
Diante das ações prejudiciais ao setor cultural no Brasil, cometidas pelo governo interino de Michel Temer, através do novo ministro Marcelo Calero, lideranças da área repudiam a gestão do Ministério da Cultura em âmbito federal. Em depoimentos eles criticam o “total desmonte institucional que, tal qual o Golpe, assalta a sociedade brasileira também no âmbito da Cultura”.
Depois de demitir 81 funcionários do Ministério da Cultura, Marcelo Calero, responsável pela pasta, manifestou sobre as críticas ao assunto responsabilizando o governo da presidenta afastada Dilma Rousseff. Ele se referiu à gestão anterior como "irresponsável e incompetente". Em sua página oficial, nesta quarta-feira (27), o ministro escreceu que não há desmonte do ministério e sim "um pessoal raivoso que insiste na tese estapafúrdia do desmonte do MinC".
Um dia após a violenta desocupação do Palácio Capanema no Rio de Janeiro, o Ministério da Cultura Publicou no Diário Oficial da União portarias de 22 a 25 de julho de 2016 exonerando mais de setenta servidores de cargos de chefia e assessoramento superior em diversas localidades do Brasil. Os atos são assinados pela Secretária-Executiva do Ministério, Mariana Ribas da Silva, e pela Presidente do Iphan, Kátia Bogea.
Esquecendo o elementar da diplomacia e da política, Calero protagoniza inadmissível tentativa de censura na Cultura.
Por Alexandre Weffort*
Marcelo Calero, que ocupa atualmente o Ministério da Cultura, criticou o protesto da equipe do filme Aquarius em Cannes contra o golpe no Brasil, durante uma entrevista ao Jorge Bastos Moreno, na TV Brasil. A atriz Sônia Braga reagiu imediatamente, em sua página no Facebook: “O ministro da Cultura ofendendo artistas é inadmissível. O senhor está nesse cargo para dialogar, para nos ajudar, para fazer a ponte com quem nos explora".
Os ex-gestores do Ministério da Cultura, João Brant e Alfredo Manevy, e a atriz Débora Duboc enumeraram qualidades e defeitos da condução da política cultural brasileira de 2003 a 2015. Brant criticou o discurso do atual ministro da cultura. “Esse discurso de que o partido é a cultura traz embutida uma lógica clientelista e de balcão que pensávamos que estava superada”.
O interino Michel Temer extinguiu o Ministério da Cultura mas foi pressionado pelos movimentos sociais e recuou. Porém, os avanços na política cultural da última década, instrumento importante no acesso de iniciativas populares ao investimento público, podem chegar ao fim. O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé realiza nesta segunda-feira (6) o debate "Os desafios da cultura brasileira" tendo o golpe como cenário. Assista ao vivo, as 19h, no Portal Vermelho
O centro de estudos da mídia alternativa Barão de Itararé e a Fundação Escola de Sociologia de São Paulo (FESPSP) promovem nesta segunda-feira (6) mais um debate do ciclo Que Brasil é Este?. O tema será “Os desafios da cultura brasileira”. O portal Vermelho vai transmitir o debate a partir das 19h. A iniciativa é aberta ao público e será realizada na FESPSP (Rua General Jardim, 522, 7º andar, centro de São Paulo).
A Marcha das Vadias de Florianópolis está convidando todas as pessoas, feministas, organizações e movimentos sociais para as atividades que vão ocorrer dia 30 de maio segunda-feira no OCUPA MINC SC no Largo da Alfandega.
“Parte dos deputados aqui nesta Câmara não consegue ver sequer que a cultura é um setor vigoroso da economia”. Disse a deputada Angela Albino (PCdoB-SC) nesta terça-feira, 24, na Comissão de Cultura. “Isso mostra a imensa pobreza do parlamento brasileiro” criticou a parlamentar ao exaltar a riqueza do setor cultural e criticar o anúncio da CPI da Lei Rouanet na Câmara dos Deputados.
O anúncio da recriação do Ministério da Cultura não desmobilizou as pessoas que ocupam o prédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Centro de Florianópolis, desde quinta-feira, 21. Pelo contrário. Nesta segunda-feira, 23, os manifestantes que pedem a saída do presidente interino, Michel Termet, receberam a visita e o apoio da deputada federal Angela Albino (PCdoB-SC).