A diferença entre os salários de homens e mulheres com mesma formação acadêmica no Brasil é das maiores do mundo. É o que aponta o relatório “Education at a Glance 2015”, desenvolvido pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e divulgado nesta terça (24). O estudo analisou dados de 46 países.
Mulheres em marcha surpreenderam e encantaram a sociedade nas últimas semanas ao ocupar as ruas pela garantia de direitos sociais no movimento conhecido como Primavera das Mulheres. Unidas em comunhão geracional, elas reforçaram a certeza de que sofrer não é um fardo recebido do além a ser carregado como obrigação pela metade feminina do mundo.
Por Vanessa Grazziotin*
As mulheres negras encheram as ruas de Brasília-DF, nesta terça-feira (18), com cor, música e discursos contra a violência e o racismo. Até chegar em frente ao prédio do Congresso Nacional, a marcha, que saiu do Ginásio Nilson Nelson, percorreu o Eixo Monumental e a Esplanada dos Ministérios com faixas, cartazes e palavras de ordem “contra o racismo, contra a violência, pelo bem estar”. E receberam de parlamentares, ao longo da marcha, palavras de apoio.
Eles estão cansados dos rótulos impostos pela grande mídia e dos séculos de imposição do padrão social de “embranquecimento”. Eles possuem as mais variadas idades, profissões e são de diversas regiões do país. Cada vez mais, a população negra vem saindo às ruas, para demonstrar orgulho das suas origens e denunciando as tentativas de rebaixamento, impostas pelas ações do racismo e preconceito institucional.
Por Laís Gouveia
Mapa da Violência 2015 revela aumento de 54% na violência contra mulheres negras no Brasil.
“Estamos em igualdade de condições? (Não!) Temos igualdade de oportunidades? (Não!) Usufruímos de todos os direitos da mesma forma igualitária e democrática? (Não!) E é por isso que nós estamos aqui. E é por isso que as mulheres negras marcham”, anunciou a ministra Nilma Lino Gomes, do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, na comissão geral que a Câmara dos Deputados realizou, nesta terça-feira (17), para saudar a Marcha das Mulheres Negras.
A Marcha das Vadias foi tema de moção de apoio do PCdoB de Porto Alegre aprovada na Conferência Municipal do partido realizada no último sábado, 14. “Onde cresce a opressão e o retrocesso floresce a primavera feminista. Conclamamos as mulheres de Porto Alegre a ser vanguarda nesta resistência”, diz trecho do documento publicado abaixo.
Se considerado o tempo gasto com trabalho doméstico, os dados mostram que a jornada de trabalho total das mulheres é maior que a masculina no Brasil. E, além de trabalharem mais, as mulheres são maioria nos trabalhos de pior remuneração e nos sem rendimento.
Por Lygia Sabbag Fares Gibb* e Ana Luíza Matos de Oliveira**, no Brasil Debate
Apesar de fundamental na dinâmica camponesa, o trabalho da mulher não é valorizado, nem remunerado e tampouco visto como esforço, mas como algo natural. Sem remuneração e com baixa escolaridade, ela fica em posição de subordinação ao marido.
Por Tamara Quadros*, no Brasil Debate
A escritora Márcia Tiburi explica que as questões de gênero não avançam porque existe dentro dos parlamentos um fomento da burrice e má vontade de compreender o que está acontecendo com as mulheres.
Parceria entre Sejus e o Instituto Negra do Ceará iniciam projeto de formação política nas temáticas de direitos humanos, gênero e sexualidade, e raça/etnia. Noventa mulheres serão contempladas