Em sua primeira reunião, nesta terça-feira (28), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre a violência contra a mulher no Brasil, elegeu a deputada Keiko Ota (PSB-SP) para a vice-presidência do colegiado, mas o roteiro de trabalho, segundo a relatora da comissão, senadora Ana Rita (PT-ES), o cronograma de trabalho da comissão será apresentado apenas na semana que vem.
O monge alemão Heinrich Kramer, autor da obra, possuía o que se define hoje como uma estrutura psicológica neurótica. Ele concentrou a misoginia de sua época (século 15) num tratado para caça às bruxas.
O Brasil vive um descompasso entre as leis de proteção à mulher contra atos de violência doméstica e a falta de estrutura para fazer cumprir esses dispositivos. É com base nesse raciocínio que a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) pretende conduzir os trabalhos da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investigará esse tipo de violência, além da “omissão por parte do Poder Público com relação à aplicação de instrumentos instituídos em lei para proteger as mulheres”.
A entrega do relatório brasileiro ao Comitê para a Eliminação da Discriminação contra a Mulher da Organização das Nações Unidas (Cedaw/ONU) foi acompanhada com grande expectativa pelas autoridades brasileiras que viajaram à Genebra (Suiça) para o evento. De acordo com a senadora Ana Rita (PT-ES), que compôs a comitiva, “a receptividade foi positiva e, ao mesmo tempo, desafiante. Principalmente, por causa da nova realidade do Brasil, com políticas públicas específicas para a mulher”.
A ideia de que as mulheres são incapazes de produzir óvulos novos na vida adulta, quase um dogma da medicina reprodutiva, pode estar prestes a cair por terra.
Por Reinaldo José Lopes*
Há 80 anos, as primeiras brasileiras exerceram o direito ao voto no país. Naquela época, o movimento era liderado pela bióloga Bertha Maria Júlia Lutz. Hoje, as mulheres estão organizadas em entidades e partidos políticos para lutar por uma maior representatividade nas instâncias de poder. Apesar de representarem a maioria do colégio eleitoral desde 2000 – em 2010 já superavam os eleitores homens em 5 milhões -, ainda são minoria na política.
No dia 24 de fevereiro de 2012, o Brasil comemora os 80 anos do direito de voto feminino. As mulheres passaram a ter o direito de voto assegurado pelo Decreto nº 21.076, de 24/02/1932, assinado pelo presidente Getúlio Vargas, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. Esta conquista, porém, não foi gratuita.
Embora as mulheres tenham conquistado o direito ao voto no Brasil há 80 anos, esse fato não contribuiu para assegurar uma relação de equidade na representação política. Apesar de ter uma presidente mulher, a atual bancada feminina na Câmara Federal representa apenas 8,77% do total da Casa, com 45 deputadas. No Senado, há 12 senadoras, entre os 81 lugares.
Alyne e Marina, retratos emblemáticos de uma tragédia brasileira: Morreram não por falta de acesso ao pré-natal, mas devido à falta de acesso a pré-natal de qualidade, nosso calcanhar-de-aquiles.
Por Conceição Lemes
O médico László Tabár, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Uppsala, na Suécia, alerta que o câncer de mama cresce mais rapidamente em mulheres que ainda não entraram na menopausa. Nesse grupo, que inclui mulheres de 40 a 54 anos, a mamografia deve ser realizada com mais frequência, entre 12 a 18 meses.
Em solidariedade à população do Acre, que sofre a segunda maior cheia desde 1997, a União Brasileira de Mulheres (UBM) no estado lançou uma campanha de arrecadação de leite em pó, massa pra mingau e absorventes. As ubemistas também divulgam uma conta corrente para arrecadar fundos aos desabrigados, a maioria formada por mulheres e crianças.
Irreverência e luta foram as marcas deixadas pelo bloco “Maria Vem Com as Outras” durante a passagem pela Av. Domingos Olímpio na noite da última terça (21). Criado em 2011 e organizado pela União Brasileira de Mulheres (UBM/CE), o bloco aproveita o período de Carnaval para reafirmar, de forma bem humorada, bandeiras feministas, entre elas a efetivação da Lei Maria da Penha, a conclusão do Hospital da Mulher, a instalação do Conselho Municipal da Mulher e a criação de mais delegacias da mulher.