“Estamos em igualdade de condições? (Não!) Temos igualdade de oportunidades? (Não!) Usufruímos de todos os direitos da mesma forma igualitária e democrática? (Não!) E é por isso que nós estamos aqui. E é por isso que as mulheres negras marcham”, anunciou a ministra Nilma Lino Gomes, do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, na comissão geral que a Câmara dos Deputados realizou, nesta terça-feira (17), para saudar a Marcha das Mulheres Negras.
“Dentre as desigualdades que ainda impedem o progresso do Brasil, está a desigualdade racial. Não é possível tornar o país mais democrata sem levar em consideração o abismo que ainda separa os brasileiros brancos dos brasileiros negros, mais de um século depois da abolição da escravatura”, discursou o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) em homenagem à Semana Nacional da Consciência Negra, cujas comemorações no Congresso tiveram início nesta terça-feira (17).
Mulheres líderes de movimentos sociais falam sobre o lugar do negro na sociedade.
Capoeira, hip-hop, música, dança… A perseguição à cultura negra é o tema do documentário Quem realmente somos, do diretor Paulo Alberton.
A escritora, poeta e contadora de história colombinana Mary Grueso Romero declama Negra Soy, sobre o orgulho negro e da cultura afro-latina.
No dia da Cosciência negra o exemplo de resistência e luta vem da cidade cearênse de Carcará no interior do estado. Uma comunidade quilombola na luta pelo reconhecimento e a demarcação de suas terras. Suas tradições culturais são mantidas assim como a vontade de lutar. Uma região pobre, um passado de massacre e muitas dificuldades em meio ao sertão.
Na próxima sexta-feira, dia 20 de novembro, se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra. Ao longo de toda esta semana, diversas atividades, em todo o país, irão ser realizadas para marcar a data que ainda se faz necessária nos dias atuais.
A população brasileira cresceu 0,9% em 2014 e totalizou 203,2 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada nesta sexta (13) pelo IBGE. O estudo mostra que o número de habitantes que se declara de cor preta ou parda continua aumentando, e hoje soma 53,6% da população brasileira (109,8 milhões de pessoas), contra 48,17% em 2004.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) vai exibir gratuitamente na próxima segunda-feira (16) o documentário Menino 23, de Belisario Franca, que mostra a investigação do historiador Sidney Aguilar por meio das memórias de meninos negros e órfãos vítimas de preconceito, trabalho semiescravo e violência nos anos 1930. Um deles, hoje com 87 anos, relata os abusos. A obra ajuda a compreender as raízes do racismo e do eugenismo no Brasil e sua permanência devastadora.
Em julho deste ano em São Paulo, uma grande Marcha do Orgulho Crespo, comemorando o Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha ocupou as ruas da Avenida Paulista e acabou influenciando uma série de manifestações sobre o tema no país.
A pedido do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), foi promovido na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (3), um debate sobre os desafios para conter a situação de vulnerabilidade em que se encontram os jovens negros no Brasil.
Foi aprovado nesta quarta, dia 28/10, o projeto de lei 145/2015, de autoria do vereador Gustavo Petta (PCdoB), que homenageia o líder negro Diogo Rebolo com o nome de uma rua no Núcleo Residencial Paranapanema.