O governador da Bahia, Rui Costa (PT), comentou nesta quinta-feira( 22) a prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega na 34ª fase da Operação Lava Jato, e criticou a atuação de alguns juízes e promotores.
A revogação da prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega não alivia o caráter totalitário da maneira como foi executada. Além da delicada situação de saúde a que a esposa de Mantega, Eliane Berger, está submetida, o próprio cancelamento da detenção revela a fragilidade do pedido de prisão temporária. “A revogação mostra que o pedido de prisão não tem fundamento”, afirma Felipe Freitas, especialista em Direito Penal pela UnB. “O objetivo da ação foi humilhar e ameaçar o ex-ministro.”
O ex-ministro da Justiça e subprocurador da República Eugênio Aragão, que, até o rompimento com o procurador- geral Rodrigo Janot, era a terceira pessoa na hierarquia do Ministério Público Federal, criticou duramente a Polícia Federal, os procuradores da Lava Jato e o juiz Sergio Moro pela prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, efetuada na porta de um hospital em São Paulo, onde ele acompanhava sua mulher, que seria submetida a uma cirurgia.
Recebi com indignação a notícia da prisão preventiva do ex-ministro Guido Mantega, e a suspensão do ato, logo em seguida, porque ele acompanhava a esposa em tratamento hospitalar. Não há motivo minimamente razoável para essa prisão. A justificativa que foi dada – o empresário Eike Batista afirmou que, em 2012, “recebeu pedido do ex-ministro para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões para o PT” – é frágil.
Por Luiz Carlos Bresser-Pereira
“Sinto uma certa fragilidade em torno das denúncias contra Lula. Não entendo por que os aspectos legais comprobatórios tão fartos com outros personagens são escassos quando se referem ao ex-presidente. Se espremer a verborragia judiciária, não encontro depósitos bancários com alguns milhões, a descoberta de um trust, milhões em imóveis próprios espalhados pela orla das principais cidades brasileiras ou no Exterior, carros de luxo, joias, malas cheios de dólares e euros”.
Por * Regina Ribeiro
Imagine a seguinte cena: um grande empresário brasileiro lê nos jornais que a Lava Jato chegou ao casal de marqueteiros que fez as campanhas de Dilma Rousseff em 2010 e 2014 e decide, espontaneamente, procurar a força-tarefa para explicar por que fez um repasse à dupla, em conta no exterior, no valor de R$ 5 milhões.
Por Cíntia Alves, do Jornal GGN
“O Direito se tornou uma grande farsa”, resumiu Rafael Valim, professor da PUC-SP e especialista em Direito Constitucional pela Universidad Castilla-La Mancha (Espanha), ao comentar a decisão do juiz Sérgio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato na primeira instância, de aceitar a denúncia contra o ex-presidente Lula.
Por Dayane Santos
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou, nesta quinta-feira (22), por meio de nota, que a prisão do ex-ministro Guido Mantega é “arbitrária, desumana e desnecessária”. Após decretar a prisão do ex-ministro na 34ª fase da Operação Lava Jato enquanto estava no hospital acompanhando a esposa numa cirurgia de tratamento de câncer, o juiz Sérgio Moro revogou a decisão.
Nesta quinta-feira (22), o ex ministro da Fazenda Guido Mantega foi preso enquanto acompanhava a cirurgia de sua esposa, que se trata de câncer. A prisão provisória foi decretada em mais uma fase da Operação Lava Jato e foi justificada com base na presença do nome do ex-ministro em uma delação premiada.
Após o espetáculo da 34º operação da Lava Jato deflagrada na manhã desta quinta-feira (22), com a prisão preventiva do ex-ministro Guido Mantega enquanto acompanhava a cirurgia de tratamento de um câncer de sua esposa, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos na primeira instância, revogou a prisão do ex-ministro.
Diversos parlamentares repeliram a prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega pela Polícia Federal nesta quinta-feira (22), enquanto acompanhava sua esposa num cirurgia de tratamento contra um câncer, em São Paulo.
Por meio de vídeo divulgado nas redes sociais, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) considera uma violação aos direitos fundamentais a prisão preventiva (por cinco dias), do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega pela Polícia Federal nesta quinta-feira (22).