O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) classificou “Carta aberta em repúdio ao regime de supressão episódica de direitos e garantias verificado na Operação Lava Jato”, publicada na sexta (15) imprensa, como a expressão do “sentimento da grande maioria dos juristas, de que o combate a qualquer tipo de criminalidade ou à corrupção não pode ferir direitos fundamentais e garantias previstas na Constituição”.
Em carta aberta, alguns dos principais advogados penalistas e constitucionalistas do país, entre professores, advogados e integrantes da comunidade jurídica, como Antônio Claudio Mariz de Oliveira, Pedro Serrano, Roberto Podvol, Antônio Carlos de Almeida Castro, Nabor Bulhões, Antônio Sérgio de Moraes Pitombo e o ex-ministro do STJ Gilson Dipp, afirmam que a Operação Lava Jato “já ocupa um lugar de destaque na história” no desrespeito a direitos e garantias fundamentais dos acusados.
A Operação Lava Jato tem produzido efeitos drásticos na economia, pois as principais empreiteiras do pais estão sob investigação, paralisando diversas obras e gerando desemprego. Mas essas empreiteiras também são as principais doadoras das campanhas eleitorais e financiadoras de diversos partidos e estão com as torneiras fechadas para doações diante das delações e prisões.
Por Dayane Santos
Repetindo os casos dos vazamentos seletivos de 2015, a grande mídia publica notícia-bomba, que depois é desmentida pelos fatos. A bola da vez foi o depoimento de Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, que modificou sua versão sobre um suposto pagamento de propina de US$ 4 milhões à campanha de reeleição do então presidente Lula, em 2006, com recursos que teriam origem na obra de Renovação do Parque de Refino (Revamp) da refinaria de Pasadena, no Texas.
Por meio de sua página no Twitter, o ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), comentou os vazamentos seletivos que voltaram a ocupar as manchetes dos jornais nesta semana.
Em matéria publicada nesta terça-feira (12) no Portal Vermelho, apontamos que o consórcio oposicionista resgatou a estratégia de 2015 de vazamentos seletivos para ressussitar a campanha do impeachment. Como o caminho trilhado foi desmontado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a oposição joga suas fichas no processo que abriu junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Por Dayane Santos
O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato na corte, deverá juntar duas ações contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando voltar a analisar o caso do deputado após o recesso do Judiciário, em fevereiro.
Cerveró – Então eu fui indicado para a diretoria da BR Distribuidora por reconhecimento do presidente pela ajuda que prestei para resolver aquele problema do empréstimo da Schahin.
Procurador – Sim, e como é que o senhor soube do reconhecimento do presidente Lula a isso?
Cerveró – …. (silêncio)
Procurador – Ele disse isso ao senhor, pessoalmente ou por telefone?
Cerveró – Não, senhor…
Procurador – E como é que o senhor soube disso?
Cerveró – …. (silêncio)
Por meio de nota divulgada nesta terça-feira (12) pelo Instituto Lula, o ex-presidente comentou o vazamento do depoimento da delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, que tenta vincular seu nome a um suposto tráfico de influência.
Com o vazamento da delação de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, que afirmou que a compra da empresa argentina PeCom pela Petrobras, em 2002, envolveu o pagamento de R$ 100 milhões em propinas ao governo tucano, o ex-presidente Fernando Henrique Cardozo resolveu se explicar.
Um fato de alta significação política e judicial foi guardado em segredo pelo Ministério Público Federal (MP). Nestor Cerveró, um dos ex-diretores corruptos da Petrobras, em depoimento prestado ao MP em outubro de 2015, revelou que o governo FHC recebeu US$ 100 milhões de propina por negócios feitos na Argentina em 2002.
A jogada do consórcio oposicionista é clara: manter os vazamentos seletivos, para tentar repetir o clima que existia entre março e abril do ano passado e insuflar os atos golpistas marcados para março deste ano.
Por Dayane Santos