Comecemos com a invocação de um ícone cultural do Ocidente, Dante: “Abandonai toda a esperança, vós que entrais” – porque a legislação internacional que conhecemos até aqui foi morta com uma estaca no coração.
Por Pepe Escobar, no AsianTimes
Tradução: Colectivo Vila Vudu
O jornalista Jamal Ismail, especializado em cobrir as ações de Osama bin Laden, declarou nesta sexta-feira à agência de notícias estatal da Itália, a ANSA, que o ex-chefe da al-Qaida teria morrido dias antes da ação militar norte-americana de domingo em decorrência de uma doença. A informação foi dada no mesmo dia em que a rede teria confirmado publicamente a morte de seu líder.
Osama bin Laden era profundamente odiado pelo Ocidente. Mas o Oriente árabe, particularmente o muçulmano, o adorava. Mas, desde aquele domingo, esta diferença entre Oriente-Ocidente mudou de campo quando os comandos norte-americanos – sob a orientação da Agência Central de Inteligência (CIA), mandaram Bin Laden em definitivo ao mundo que, de qualquer forma, pertencia nos últimos dez anos: O mundo das lendas. "Mal absoluto" para o Ocidente, "herói" para o Islã.
A defesa que o primeiro-ministro do Paquistão, Yousaf Raza Gilani, fez dos serviços de inteligência de seu país (ISI) diante das acusações de ter protegido Osama bin Laden foi mais débil do que muitos esperavam.
Por Ashfaq Yusufzai, na agência IPS
Poderiamos perguntar a nós mesmo como reagiríamos se um comando iraquiano pousasse de surpresa na mansão de George W. Bush, o assassinasse e, em seguida, atirasse seu corpo no Oceano Atlântico.
Por Noam Chomsky, no Guernica Magazine
Os homens que executaram Bin Laden não agiram por sua conta: cumpriam ordens do governo dos Estados Unidos. Tinham sido rigorosamente selecionados e treinados para missões especiais. Sabe-se que o presidente dos Estados Unidos pode, inclusive, comunicar-se com um soldado em combate.
Por Fidel Castro, em Cuba Debate
A insurgência talibã do Afeganistão assegurou neste sábado (07) que a morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, "dará um novo impulso" à luta contra as forças dos Estados Unidos e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Em declarações à Agência EFE, o porta-voz talibã Zabiulá Mujahid qualificou a morte de Bin Laden de "grande tragédia" para o movimento insurgente afegão.
O cineasta estadunidense denunciou nesta quinta-feira (5) que a morte do líder da rede terrorista al-Qaida, Osama bin Laden, em uma operação das forças especiais dos Estados Unidos, foi uma "execução", e lamentou as celebrações realizadas nos Estados Unidos.
O verdadeiro terrorista é o FMI que graças à mais letal das armas, os juros, submete nações inteiras com a conivência de dirigentes submissos, sejam eles presidentes, reis ou ditadores.
Por Georges Bourdoukan, em seu blog
Os Estados Unidos continuam enredados num cipoal de versões contraditórias sobre os detalhes do assassinato de Osama Bin Laden. Uma nova informação divulgada nesta sexta (6) pela imprensa norte-americana voltou a contradizer relatos anteriores da Casa Branca sobre a operação que levou à morte do líder e fundador da Al Qaeda, Osama Bin Laden, no último domingo (1º).
O que fica claro é que o esforço para ressuscitar a todo o custo a al-Qaida pretende liquidar os processos de mudança iniciados há quatro meses no mundo árabe.
Por Santiago Alba Rico, no Rebelión
O assassinato de Osama bin Laden, na última segunda-feira (2), levanta questões na China de como o país ocidental agirá nas próximas décadas diante do crescimento chinês. Editorial publicado pelo jornal Global Times, da China, oferece uma luz sobre o modo como a nação asiática enxerga o futuro das relações entre os dois países.