Embora, para além da intensificação diária da violência na Palestina ocupada, o governo israelense também tenha enviado tanques e tropas para a fronteira com a Faixa de Gaza, há dias bombardeada e há anos bloqueada, analistas em Israel apontam para a falta de consenso entre os governantes sobre uma nova agressão operacional contra os palestinos. Ainda assim, as ameaças do governo israelense são reiteradas, por exemplo, com um “ultimato” ao Hamas.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Na contínua escalada da violência pelo regime israelense contra os palestinos, na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados ou bloqueados por Israel, o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) divulgou uma nota, nesta sexta-feira (4), denunciando os crimes de um "governo extremista" e convocando aos que apoiam a luta dos povos pela autodeterminação a prestar sua solidariedade aos palestinos. Leia a nota a seguir.
A violência de Israel contra a Palestina ocupada continua se intensificando. Nesta quinta-feira (3), o governo israelense mobilizou tropas e tanques na fronteira com a Faixa de Gaza, alvo de repetidos ataques aéreos, e também pela Cisjordânia, onde as incursões militares, detenções arbitrárias, demolição de residências e os confrontos com os palestinos são relatados e o número de mortes continua crescendo, enquanto o mundo equaciona uma reação.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Um adolescente palestino foi morto no que pode ter sido um caso de vingança, em Jerusalém Leste, nesta quarta-feira (2). Segundo a agência palestina de notícias Maan e autoridades israelenses, Mohamed Hussein Abu Khdeir, de 16 anos de idade, foi raptado e morto por colonos israelenses que estariam “vingando” a morte de três outros, um caso que provocou intensa cobertura midiática e discussões sobre os efeitos da ocupação e da negligência mundial.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
A prevista “morte” da solução de dois Estados, que já tem sido repetida consistentemente por muitos anos, levou a um sentido de complacência e a uma falta de urgência sobre a situação atual. No governo de Israel, isso não provoca uma grande preocupação, porque a plataforma política da atual coalizão é focada em consolidar a colonização ao invés da busca pela paz.
Por Saeb Erekat*, no jornal israelense Haaretz
O governo de Israel ameaçou o Hamas pela morte de três colonos desaparecidos há mais de duas semanas, que teriam sido encontrados na tarde de segunda-feira (30). Nesta madrugada, foram relatadas dezenas de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, governada pelo partido islâmico que Israel classifica de “organização terrorista”. Soldados israelenses também dispararam contra um adolescente de Jenin, na Cisjordânia, elevando o número de palestinos mortos pela operação militar lançada em 12 de junho.
Além da tensão elevada pela operação militar lançada por Israel na Cisjordânia, sob o pretexto do sequestro de três colonos, a situação na Faixa de Gaza deteriora. No domingo (29), a Força Aérea de Israel fez mais ataques no que a mídia nacional classificou de “resposta” a foguetes palestinos. Na segunda-feira (30), o premiê Benjamin Netanyahu fez ameaças que remetem a um passado recente fatal, e os três jovens colonos foram encontrados mortos.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Numa prática que Idan Landau chamou, em artigo recente para a revista israelense +972, de “ruído constante do sionismo” – política racista de colonização que usa interpretações tendenciosas do judaísmo –, a volta da demolição de casas palestinas na Cisjordânia foi anunciada pelo governo israelense há poucos dias, com a mira apontada para os lares das famílias de “suspeitos” ou condenados pelo envolvimento em “terrorismo” e outros tipos de violência.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O jornalista israelense Gideon Levy notou, em artigo para o jornal Haaretz, nesta quinta-feira (26), o grau do isolamento de Israel. Além da somatória de “advertências” da Europa contra as colônias ilegais em territórios palestinos e os abusos da ocupação, o pretexto do rapto de três colonos judeus na Cisjordânia para a maior presença militar israelense, a detenção massiva de palestinos e a morte de cerca de 10 pessoas, estão expostos.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Os presidentes da Palestina, Mahmoud Abbas, e da Rússia, Vladmir Putin reuniram-se nesta quarta-feira (25) para discutir a retomada das negociações com Israel e reafirmar a busca pelo fortalecimento das relações bilaterais. Já nesta quinta-feira (26), o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas emitiu uma advertência sobre as repercussões da agressão israelense generalizada contra os palestinos.
Os jornais da Palestina focaram suas edições de quinta-feira (26) na suspensão da greve de fome mantida durante quase dois meses por cerca de 120 prisioneiros palestinos, em protesto contra a arbitrariedade das suas detenções e as condições enfrentadas nas prisões israelenses, com frequentes denúncias de tortura. Recentemente, o aumento da atuação militar israelense nos territórios palestinos levou mais 566 pessoas à prisão e o número de “detenções administrativas” dobrou.
Entre os principais aliados de Israel, a França decidiu admitir a ilegalidade das colônias em territórios árabes ocupados. O governo francês emitiu uma "advertência" aos cidadãos contra atividades financeiras nas colônias israelenses na Cisjordânia e Jerusalém Leste, territórios palestinos, e nas Colinas de Golã, território sírio anexado ilegalmente por Israel em 1980, após ocupá-las no fim da década de 1960.