A falta de uma solução para o conflito palestino-israelense, após 40 anos de ocupação, “continuará afetando a reputação da Organização das Nações Unidas (ONU) e despertando dúvidas sobre sua imparcialidade”, segundo palavras do ex-secretário-geral Kofi Annan. Nenhuma outra causa consumiu mais papelada na ONU quanto a dos palestinos.
Por Marwan Bishara, na agência IPS
Cerca de mil palestinos protestaram nesta quinta-feira (22) em Ramallah, a capital política da Cisjordânia, contra o presidente norte-americano Barack Obama, que acusam de trair a causa palestina na ONU. O discurso estadunidense nas Nações Unidas, nesta quarta, foi considerado pró-israelense.
O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, participou ontem do ato em defesa da criação do Estado Palestino. Em frente à Câmara Municipal, o dirigente comunista saudou a luta do povo palestino e o apoio do Brasil à iniciativa, expressada pela presidente Dilma na Assembleia da ONU.
"A posição oficiosa da União Europeia é apoiar a demanda palestina pelo reconhecimento do Estado no 'momento apropriado'. Nós afirmamos que o momento é agora", afirmou esta semana o deputado da Esquerda Unida Europeia, Kyriacos Triantaphyllides, do cipriota AKEL, em um debate sobre a situação do Oriente Médio no Parlamento Europeu.
A presidente Dilma Rousseff encerrou agora há pouco seu discurso de abertura da 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Ela externou a preocupação com o equilíbrio econômico internacional, diante da crise, com a manutenção do desenvolvimento social e com a questão ambiental. Falou também sobre a candidatura do Brasil como membro permanente no Conselho de Segurança e da nessidade de uma reforma do organismo. Ressaltou que é chegada a hora do reconhecimento do Estado palestino.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, abriu hoje (21) a 66ª Assemblaia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Ela destacou o fato de ser a primeira mulher a inaugurar a sessão extraordinária e focou seu discurso na crise econômica mundial, na defesa dos direitos humanos e pediu a criação de um Estado palestino. Leia abaixo o discurso na íntegra.
Cerca de 15 mil palestinos se concentraram nesta quarta-feira (21) na praça Yasser Arafat em Ramallah, na Cisjordânia, para reivindicar que a Palestina se torne o Estado 194 da ONU. A maior praça da capital administrativa palestina foi tomada por homens, mulheres e crianças que agitavam centenas de bandeiras palestinas, pedindo que a comunidade internacional reconheça o "direito dos palestinos à dignidade e à sua terra".
A Rússia apoiará a entrada do Estado palestino na ONU como membro de pleno direito, declarou nesta quarta-feira (21) o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Mikhail Bogdanov.
Cerca de mil pessoas acompanharam o ato que saiu da Praça Ramos e seguiu até a Câmara Municipal de São Paulo nesta terça-feira (20). O mesmo ocorreu em diversas capitais do mundo neste 20 de setembro, data de mobilizações em apoio ao reconhecimento do Estado da Palestina pela Organização das Nações Unidas (ONU). Por solicitação do presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, o organismo internacional vota o tema nesta quarta-feira (21).
Durante a série de encontros realizada pela delegação do Conselho Mundial da Paz (CMP), que está em missão na Palestina, o presidente da Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD), Tiago Vieira, ressaltou o papel dos jovens na denuncia da ocupação do território do povo Palestino por parte do governo de Israel.
Uma delegação do Conselho Mundial da Paz (CMP), liderada pela presidente da entidade, a brasileira Socorro Gomes, está em missão na Palestina. Doze organizações de 10 países integram o grupo. Para o CMP, trata-se de um momento histórico e único, diante dos fatos e do que está em jogo.
Acontece hoje (20) um encontro entre ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) para discutir o processo de paz no Oriente Médio. A reivindicação do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, de que a ONU reconheça o Estado palestino, segundo as fronteiras estabelecidas antes da guerra de 1967, está na pauta. Brasil defenderá reivindicação dos palestinos.