Jornalistas palestinos publicaram uma petição com o objetivo de pressionar Israel a garantir-lhes completa liberdade de movimento e de acesso, para que possam fazer o trabalho deles, da mesma forma que as autoridades permitem aos jornalistas israelenses trabalharem livremente em Israel e na Palestina. A revista eletrônica israelense +972 apoia a petição e convoca seus colegas israelenses e internacionais a fazerem o mesmo.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, tentou diminuir a polêmica em torno do anúncio de construção e expansão das colônias judias em territórios palestinos, feito pelo governo neste domingo (11), às vésperas da segunda reunião entre israelenses e a Autoridade Nacional Palestina, para a retomada das negociações de paz. Kerry disse, nesta segunda (12), que a ação era “de algum modo esperada”, embora contrapusesse logo que os EUA consideram as colônias “ilegítimas”.
Não foi surpresa o anúncio deste domingo (11) feito pelo ministro de Habitação e Construção de Israel, Uri Ariel, do partido sionista Lar Judeu, sobre a construção de 1.200 unidades habitacionais em colônias judias nos territórios palestinos da Cisjordânia e de Jerusalém Leste. Quase como uma contrapartida, entretanto, o governo israelense divulgou uma lista de 26 prisioneiros palestinos a serem libertos, no contexto da retomada das negociações.
Por Moara Crivelente, da redação do Vermelho
A Suprema Corte de Justiça de Israel foi solicitada, nesta quarta-feira (7), a rejeitar uma petição contra a decisão do governo de libertar 104 prisioneiros palestinos, como acordado entre os negociadores da Autoridade Nacional Palestina e de Israel em seu encontro recente em Washington, para a retomada das conversações de paz.
O membro da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) na liderança das negociações com os israelenses, Saeb Erekat, disse nesta quarta-feira (7) que há quem acredite, em Israel, que o resultado final das conversações não é a paz, mas sim mais colonização.
A maioria dos israelenses se oporia a qualquer acordo de paz com os palestinos que envolvesse a retirada para as linhas pré-1967 (quando, a partir da Guerra dos Seis Dias, Israel passou a ocupar mais territórios árabes), mesmo que as trocas de territórios fossem acordadas, para acomodar as colônias judias. O resultado é de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (6), pelo jornal israelense Ha’aretz.
Najla Said, filha do intelectual palestino e líder pós-modernista Edward Said, falecido, tentou ignorar a cultura e herança palestina que lhe foi passada por seus pais em sua casa de Manhattan, quando era jovem. Mas os ataques de 11 de Setembro e a subsequente atitude azeda com árabes-americanos a fez repensar.
Por Taly Krupkin*
Na última sexta-feira (2) foi comemorado em todos os continentes o Dia Mundial de Al Quds (Jerusalém), com manifestações de rua e atos políticos em diferentes cidades. No Brasil, teve lugar uma solenidade em São Paulo, na Mesquita do Brás, organizada pela Associação Beneficente Muçulmana do Brasil.
O judaísmo e o sionismo se contradizem totalmente, declarou o rabino Reuven Mann, ao considerar que o regime de Israel é a principal ameaça à paz e à segurança na região do Oriente Médio e no mundo.
O chefe da equipe palestina nas negociações de paz, Saeb Erekat, em entrevista publicada nesta sexta-feira (2) pelo jornal Folha de S.Paulo, admitiu ser normal o ceticismo com relação ao anúncio da retomada das negociações com os israelenses. Afinal, lembra Erekat, ainda que as partes tenham investido em um processo de paz desde a assinatura dos Acordos de Oslo, em 1993, os palestinos viram apenas “mais colonos, mais assentamentos e mais extremistas”.
“Eu espero para ver Karim e Maher Younis, Walid Daka e todos os outros 14 prisioneiros árabe-israelenses que têm estado encarcerados desde antes dos Acordos de Oslo [de 19993] saírem da prisão. Daka, por exemplo, eu conheço, e sei quão revoltosamente injusto seria mantê-lo atrás das grades”, escreve o jornalista israelense Gideon Levy, para o jornal Ha’aretz, nesta quinta-feira (1º/8). Nas discussões sobre a retomada das negociações, a libertação dos prisioneiros palestinos toma posição central.
Como previsto, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry deu declarações a uma coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira (30), após a reunião entre representantes israelenses e palestinos, em Washington, para a discussão sobre a retomada das negociações de paz, anunciada para as próximas duas semanas, em Israel ou na Palestina. Entretanto, vozes contrárias às negociações em Gaza e na Cisjordânia também tiveram a atenção da mídia palestina.