A prevista “morte” da solução de dois Estados, que já tem sido repetida consistentemente por muitos anos, levou a um sentido de complacência e a uma falta de urgência sobre a situação atual. No governo de Israel, isso não provoca uma grande preocupação, porque a plataforma política da atual coalizão é focada em consolidar a colonização ao invés da busca pela paz.
Por Saeb Erekat*, no jornal israelense Haaretz
O governo de Israel ameaçou o Hamas pela morte de três colonos desaparecidos há mais de duas semanas, que teriam sido encontrados na tarde de segunda-feira (30). Nesta madrugada, foram relatadas dezenas de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, governada pelo partido islâmico que Israel classifica de “organização terrorista”. Soldados israelenses também dispararam contra um adolescente de Jenin, na Cisjordânia, elevando o número de palestinos mortos pela operação militar lançada em 12 de junho.
Além da tensão elevada pela operação militar lançada por Israel na Cisjordânia, sob o pretexto do sequestro de três colonos, a situação na Faixa de Gaza deteriora. No domingo (29), a Força Aérea de Israel fez mais ataques no que a mídia nacional classificou de “resposta” a foguetes palestinos. Na segunda-feira (30), o premiê Benjamin Netanyahu fez ameaças que remetem a um passado recente fatal, e os três jovens colonos foram encontrados mortos.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Foram maus enquanto duraram? Foram… Os que vêm substitui-los serão melhores? Não… Os objetivos da estranhamente fulminante ofensiva do Exército Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), um grupo terrorista que até há pouco mal existia, pelo Iraque adentro, vão começando a desvendar-se. Até aqui havia suspeitas, agora há confirmações: estamos assistindo à criação de um novo mapa do Oriente Médio.
Por José Goulão*, no Jornalistas sem Fronteiras
Do alto de seus oito metros de comprimento, o muro simboliza a segregação. Ao separar os palestinos da cidade sagrada de Belém do resto da Cisjordânia, tornou-se um dos emblemas da ocupação israelense dos territórios árabes.
Numa prática que Idan Landau chamou, em artigo recente para a revista israelense +972, de “ruído constante do sionismo” – política racista de colonização que usa interpretações tendenciosas do judaísmo –, a volta da demolição de casas palestinas na Cisjordânia foi anunciada pelo governo israelense há poucos dias, com a mira apontada para os lares das famílias de “suspeitos” ou condenados pelo envolvimento em “terrorismo” e outros tipos de violência.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O jornalista israelense Gideon Levy notou, em artigo para o jornal Haaretz, nesta quinta-feira (26), o grau do isolamento de Israel. Além da somatória de “advertências” da Europa contra as colônias ilegais em territórios palestinos e os abusos da ocupação, o pretexto do rapto de três colonos judeus na Cisjordânia para a maior presença militar israelense, a detenção massiva de palestinos e a morte de cerca de 10 pessoas, estão expostos.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Os presidentes da Palestina, Mahmoud Abbas, e da Rússia, Vladmir Putin reuniram-se nesta quarta-feira (25) para discutir a retomada das negociações com Israel e reafirmar a busca pelo fortalecimento das relações bilaterais. Já nesta quinta-feira (26), o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas emitiu uma advertência sobre as repercussões da agressão israelense generalizada contra os palestinos.
Os jornais da Palestina focaram suas edições de quinta-feira (26) na suspensão da greve de fome mantida durante quase dois meses por cerca de 120 prisioneiros palestinos, em protesto contra a arbitrariedade das suas detenções e as condições enfrentadas nas prisões israelenses, com frequentes denúncias de tortura. Recentemente, o aumento da atuação militar israelense nos territórios palestinos levou mais 566 pessoas à prisão e o número de “detenções administrativas” dobrou.
Entre os principais aliados de Israel, a França decidiu admitir a ilegalidade das colônias em territórios árabes ocupados. O governo francês emitiu uma "advertência" aos cidadãos contra atividades financeiras nas colônias israelenses na Cisjordânia e Jerusalém Leste, territórios palestinos, e nas Colinas de Golã, território sírio anexado ilegalmente por Israel em 1980, após ocupá-las no fim da década de 1960.
O aumento da violência na Cisjordânia e da ocupação vinha sendo denunciado repetidamente, inclusive com os ataques dos colonos de Israel, impunes, contra residentes e propriedades palestinas. Entretanto, a abdução de três colonos mobilizou o governo agressivo de Israel e restringiu ainda mais a vida na Palestina, com centenas de detenções e a morte de cinco pessoas, enquanto observadores preveem um novo levante popular.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O exército israelense atacou o território sírio em represália pela morte do adolescente israelense nas Colinas de Golã em consequência da explosão de um veículo em que viajava.