O Ministério Público do Paraná, em dura nota oficial, manifestou-se contrário à aprovação da PEC 55 (antiga 241) por afrontar as “conquistas civilizatórias” na Constituição da República.O documento do MP publicado nesta sexta (11) legitima os protestos dos movimentos sociais — tais como as ocupações de universidades — que lutam contra os retrocessos no âmbito do governo ilegítimo Michel Temer (PMDB).
O Ministério da Educação (MEC) do governo Temer, o mesmo que é pautado por grupos de extrema direita como os Revoltados On-line e MBL, estipulou, mesmo sem estabelecer nenhum tipo de contato com os estudantes, que esta segunda-feira (31) será o prazo limite para que os secundaristas desocupem seus colégios.
Por Laís Gouveia
Parece que o Movimento Brasil Livre (MBL), grupo recém-criado de extrema direita, está obcecado com a ideia de repetir os “feitos” do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), ação promovida por jovens favoráveis à ditadura militar que perseguia e matava contrários ao regime. Com pouca adesão, porém com um grande arsenal de armas de fogo e sede de violência, o bando vem invadindo as escolas que estão ocupadas contra a Reforma do Ensino Médio, provocando cenas de pânico entre os estudantes.
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), sofreu derrota na Assembléia Legislativa, após a secundarista Ana Júlia, de 16 anos, dar uma aula de direitos e cidadania para os deputados estaduais. O emocionante relato em defesa das ocupações nas escolas da rede pública estadual fez com que os parlamentares derrubassem três vetos do mandatário tucano.
O Brasil se emocionou com a estudante secundarista, que, com lágrimas nos olhos, discursou na Assembleia Legislativa do Paraná nesta quarta-feira (26), defendendo a legitimidade das ocupações de escolas contra a Medida Provisória da Reforma do Ensino Médio e a PEC 241. O Portal Vermelho conversou nesta quinta-feira (27) com Ana Júlia, que contou como estão sendo os dias de resistência, no maior movimento de ocupações da história do movimento estudantil brasileiro.
Por Laís Gouveia
Os estudantes que ocupam 850 escolas no Paraná, contra a Medida Provisória de Reforma do Ensino Médio e a PEC 241, propostas pelo governo Temer, realizaram uma assembleia nesta quarta-feira (25) com a representação de 600 colégios sob o comando dos secundaristas. No fórum, foi debatida a conjuntura atual e encaminhada as principais reivindicações do movimento.
A Universidade Federal do Paraná (UFPR), a mais antiga do país, de 1912, foi ocupada na noite desta segunda-feira (24) pelos estudantes contra a Medida Provisória 746, que reforma o ensino médio, e contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela os gastos públicos por 20 anos.
Cerca de 1.600 educadores estiveram presentes, na manhã deste sábado (22), na assembleia do Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), realizada em Curitiba. Foram mais de seis horas de debate, no qual a categoria avaliou que a greve iniciada no dia 17 de outubro será mantida por tempo indeterminado. Estudantes e representantes de vários movimentos participaram da atividade.
Apesar da pouca cobertura da mídia nacional e de sofrerem recentes ataques fascistas, os estudantes paranaenses seguem ocupando 850 escolas, reivindicando a imediata revogação da PEC 241 e a Medida Provisória de Reforma do Ensino Médio. Neste fim de semana, 40 pessoas ligadas ao grupo de extrema direita Movimento Brasil Livre (MBL), promoveram cenas de pânico nas escolas ocupadas, arrombando escolas e agredindo alunos.
Por Laís Gouveia
O comando de greve do Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) convocou uma assembleia geral dos educadores no próximo sábado, (22), em Curitiba, para avaliar se suspende ou não a greve por tempo indeterminado iniciada na última segunda (17).
O presidente do Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), Hermes Leão, fez um primeiro balaço sobre a greve iniciada nesta segunda-feira (17) na educação básica do Paraná. Cerca de 50% das escolas estão paralisadas na manhã de hoje, mas, conforme a entidade, a tendência é que o movimento se amplie no decorrer da semana.
O Estado do Paraná vive dias de resistência, com mais de 300 escolas ocupadas e o início da greve dos professores, reflexo do pacote imposto por Michel Temer para intensificar a precarização da educação pública com a PEC 241 e a reforma do Ensino Médio. Além das ações nocivas na esfera nacional, o governador Beto Richa (PSDB-PR) resolveu aderir ao descaso, declarando que não irá pagar a parcela do salário dos profissionais da educação, agendado para janeiro de 2017.
Por Laís Gouveia