No rescaldo de quarta-feira, quando o Ministério da Economia precisou desmentir rumores de que Guedes pediria demissão após a fritura do chefe, análises colocam em relevo o apuro em que o presidente se meteu.
Fragilizado, Paulo Guedes foi desautorizado por Bolsonaro sobre o Renda Brasil. Presidente disse que não enviará a proposta da equipe econômica ao Congresso.
Dentro do Pró-Brasil estaria incluído o Renda Brasil, que substituiria o Bolsa Família à custa da extinção do Farmácia Popular e do abono salarial.
Cabe a nós defendermos o acesso ao livro e defender, a cada dia mais, sua democratização
Uma das primeiras medidas aprovadas no governo de Michel Temer, o teto de gastos limita os gastos públicos até 2036.
“Tem gente que enche a boca pra defender Estado mínimo num país em que milhões ainda não sentem a presença do Estado”, disse o deputado Márcio Jerry
Paulo Guedes sabe que, para completar seu projeto de destruição do Estado e dos direitos da Constituição de 1988, precisará do apoio e da popularidade de Bolsonaro.
“Isso não é dinheiro do povo, isso é endividamento. Se o país endivida demais perde a sua credibilidade para o futuro”, afirmou.
Datafolha mostrou ainda que auxílio emergencial e Bolsa Família têm pouca influência na percepção dos brasileiros sobre a economia. O índice dos que acham que a economia vai piorar é parecido entre quem recebe ou não os dois benefícios.
Sob pressão para abrir o cofre, Guedes ganhou nova sobrevida no início da semana, quando Bolsonaro disse que sua saída “nunca foi cogitada”. Mas está fragilizado por tantas garantias de permanência.
Como, da perspectiva econômica, a possível nova tributação pode afetar os leitores, o Estado e as editoras?
Os funcionários reivindicam a manutenção de direitos previstos no acordo coletivo e proteção contra o contágio pelo coronavírus.