Depois do ato realizado nesta terça-feira (24) no Rio de Janeiro, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, petroleiros e sindicalistas promoveram nesta quarta-feira (25), em Brasília, uma manifestação em defesa da Petrobras. Segundo os trabalhadores, as denúncias de corrupção estão sendo utilizadas para pressionar a privatização da empresa.
A oposição golpista e seus aliados não escondem que por trás do discurso falso moralista de “combate à corrupção” na Petrobras, por conta da Operação Lava Jato, está o interesse de mudar o sistema de partilha do pré-sal e entregar a maior empresa brasileira ao capital estrangeiro.
A questão é esta: por que os sites das grandes empresas jornalísticas deram apenas fotos em que aparecem apanhando os antipetistas que foram atazanar os manifestantes pró-Petrobras ontem no Rio?
Por Paulo Nogueira*, no Diário do Centro do Mundo
A diretoria de Governança, Risco e Conformidade (GRC) da Petrobras apresentou, nessa terça-feira (24), sua nova estrutura. A criação da diretoria foi aprovada pelo Conselho de Administração e pela Diretoria Executiva da Petrobras e tem por objetivo assegurar a conformidade de processos e mitigar riscos – dentre eles o de fraudes, corrupção e desvios de ética.
Uma testemunha ouvida pela Polícia Federal nas investigações da Operação Lava Jato confirmou a informção de que os desvios na licitações ocorriam no período do goveno de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.
O ato em defesa da Petrobras, organizado por movimentos sociais e a Federação Única dos Petroleiros (FUP), ocorreu nesta terça-feira (24), no auditório da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro. Contou com a presença de lideranças sindicais, de juventude e intelectuais que falaram sobre as tentativas de golpear a estatal e criminalizar sua história. Os discursos condenaram as ações da grande mídia na instrumentalização política das denúncias de corrupção na petroleira.
O país não pode abrir mão da Petrobras e de empreiteiras brasileiras que têm não só mercado nacional como internacional, dada a qualidade dos serviços, know-how técnico dessas empresas, “hoje patrimônio nacional”, afirma o cineasta Luiz Carlos Barreto em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, na Rádio Brasil Atual.
Sob o lema: “Defender a Petrobras é defender o Brasil”, acontece nesta terça-feira (24), às 18 horas, no Rio de Janeiro, o ato que promete mobilizar diversos setores em defesa da estatal e da democracia.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, criticou nesta segunda-feira (23) as tentativas da oposição ao governo de destruir a imagem da Petrobras após as denúncias de corrupção na estatal. O ministro proferiu a aula inaugural do curso de Engenharia da Inovação no Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), o primeiro curso do país formulado e estruturado por uma entidade sindical, no caso o Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo.
O blog Tijolaço publicou a carta aberta da petroleira Michele Daher Vieira ao jornal O Globo e à repórter Letícia Vieira, autora do texto Petrobras: a nova rotina do medo e tensão na estatal. A funcionária da estatal teve nome citado e imagem utilizada na reportagem e decidiu desabafar, desnudando as intenções do veículo na cobertura das investigações da operação Lava Jato.
Um dos muitos argumentos outrora utilizado para justificar a privatização de empresas públicas era o combate à corrupção. Argumento sintetizado na máxima “a oportunidade faz o ladrão”, supunha, de um lado, que não existiriam pessoas honestas, de outro, que em empresas privadas não ocorreriam atos de corrupção.
Por Edson Furlan*, no Jornal GGN
Documento assinado por nomes de peso do país, como Fabio Konder Comparato, Marilena Chauí, Cândido Mendes, Celso Amorim, João Pedro Stédile, Leonardo Boff, Luiz Pinguelli Rosa e Maria da Conceição Tavares, alerta para a tentativa de destruição da Petrobras e de seus fornecedores. Eles propõem um pacto pela democracia, e denunciam a intenção de mudança do modelo que rege a exploração de petróleo no Brasil.