Dirigentes do PT estão convencidos de que é necessário atrelar o PMDB ao projeto de 2014, seja com a tentativa de reeleição de Dilma Rousseff ou com o lançamento de outra candidatura. E, para isso, já articulam estratégias para expandir a aliança com o partido no estado de São Paulo em 2012.
Os presidentes do PMDB e do PT selaram nesta quarta-feira (18) acordo para que os dois partidos, aliados no âmbito nacional, lancem candidatos independentes à Prefeitura de São Paulo. Já no Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes, apoiado pelo governador Sérgio Cabral, ambos do PMDB, costura uma inédita aliança de 18 partidos para se reeleger ainda no primeiro turno.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, informou que terá um encontro na quarta-feira (18), em Brasília, com o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp, para discutir a política nacional e os rumos dos dois partidos nas eleições municipais de 2012.
O ex-candidato a governador Paulo Skaf — que se filia nesta quarta-feira (11) ao PMDB — e o deputado federal Gabriel Chalita (SP), prestes a também se tornar peemedebista, aderem à legenda depois de ela colher seus piores resultados eleitorais desde 1994. Na época, o candidato a governador Barros Munhoz, mesmo com o apoio da máquina do estado, comandado pelo então peemedebista Luiz Antônio Fleury Filho, teve apenas 11,3% dos votos na disputa pelo governo.
Ocupando a vaga de vice de Dilma Rousseff, o PMDB cogita, segundo o presidente nacional da sigla, senador Valdir Raupp (RO), um voo solo em 2014, quando poderá disputar com a petista. O partido, acrescentou ele, já prepara os nomes do atual vice-presidente, Michel Temer, e do governador do Rio, Sérgio Cabral, para o pleito presidencial.
O deputado federal Gabriel Chalita (PSB-SP) deve migrar para o PMDB no dia 28 de maio, segundo o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). O peemedebista participou, nesta quarta-feira (27), de reunião com Chalita e o vice-presidente, Michel Temer, para fechar os últimos detalhes da filiação.
PSDB e PT de São Paulo cortejam Chalita e o PMDB para a vaga de vice na disputa pela Prefeitura.
A bancada do PMDB na Câmara Federal selou o apoio de todos os deputados da legenda ao texto de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) que atualiza o Código Florestal. “Vamos dar os 79 votos da bancada do PMDB ao seu relatório”, afirmou o líder do partido na Câmara, deputado Henrique Alves (RN), e reunião entre parlamentares peemedebistas e Aldo, nesta quarta-feira (16), em Brasília.
Por conta do provável ingresso do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), no PSB, os dois deputados federais mais votados do partido na última eleição – Gabriel Chalita (SP) e Luiza Erundina (SP) – podem se desfiliar da legenda. Eles negociam com o PMDB, que prometeu a Chalita que ele seria candidato a sucessão do próprio Kassab em 2012.
O vice-presidente da República, Michel Temer, negou nesta terça-feira ter acusado o governo Lula de ser uma "fraude" e chamado o então presidente de "decepcionante". Segundo telegrama obtido pelo WikiLeaks, em conversa com o cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Christopher McMullen, em 9 de janeiro de 2006, Temer, na condição de deputado federal, afirmara também que a gestão petista tinha "excessivo foco nos programas de seguridade social" e que havia uma desilusão popular causada pelo "roubo de dinheiro público" feito por líderes do PT.
Gilberto Kassab tem hoje bem menos certeza de que o DEM ficará quietinho quando começar a sangria de nomes para a legenda a ser criada pelo prefeito de São Paulo — o PDB (Partido da Democracia Brasileira). A sigla deve completar seu processo de validação em sete meses, como determina a legislação.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) não enfrenta apenas dificuldades jurídicas para operar sua transição da legenda direitista para uma das agremiações da base de sustentação do governo da presidente Dilma. Os problemas são também de natureza política.