Manifestantes que participam do ato contra a Reforma da Previdência fecharam a Avenida Afonso Pena com a Rua 13 de Maio, em Campo Grande, por volta das 8h40 desta quarta-feira (15). Segundo a Polícia Militar, há pelo menos 20 mil pessoas no local.
Trabalhadores de diversas categorias, centrais sindicais e movimentos sociais das cidades das regiões Norte e Centro-Oeste protestam desde as primeiras horas desta quarta-feira (15), Dia Nacional de Paralisações contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer.
Centrais sindicais participam, nesta quarta-feira (15), em Tocantins, de manifestações contra a reforma da Previdência em tramitação no Congresso Nacional. Os protestos fazem parte de um movimento nacional e acontecerá em diversas cidades brasileiras com objetivo de pressionar os congressistas para não aprovar a reforma previdenciária proposta pelo governo Temer, através da PEC 287/2016.
O Dia Nacional de Paralisação contra a Reforma da Previdência, protesto promovido por centrais sindicais, deve mobilizar diversas categorias de trabalhadores em Pernambuco. Os protestos desta quarta-feira (15) começaram cedo na Região Metropolitana do Recife. Por volta das 6h40 desta manifestantes queimaram pneus e fecharam a BR-101 nas imediações do viaduto de Jardim São Paulo e no Terminal Integrado no Barro, no Recife.
Mais de 1.500 pessoas ocuparam na madrugada desta quarta-feira (15) a sede do Ministério da Fazenda, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A ação faz parte do Dia Nacional de Mobilização e Paralisação Contra a Reforma da Previdência, organizada por movimentos sociais do campo e da cidade que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Em assembleia, realizada na noite desta terça-feira (14), os metroviários e metroviárias de São Paulo confirmaram a greve de 24 horas nesta quarta-feira (14), Dia Nacional de Paralisação contra a Reforma da Previdência, um movimento de resistência à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287/2016. A greve teve início a partir de 0h e tem adesão de 90% da categoria.
A deputada Alice Portugal (BA), lider do PCdoB conclama os trabalhadores e as trabalhadoras, estudantes, dona de casa e todo o povo brasileiro a irem às ruas em defesa da previdência social ameaça de extermínio pela proposta encaminhada ao Congresso Nacional pelo governo golpista. Alice enfatizou o absurdo de fixar a idade mínima em 65 anos, destacando os casos dos trabalhadores rurais e da construção. "Precisamos dizer não a esta reforma da previdência", afirmou a deputada.
Quão precisas são as projeções financeiras e atuariais do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) que servem de base para o governo propor uma reforma previdenciária tão draconiana? De acordo com o estudo “A Previdência Social em 2060: as inconsistências do modelo de projeção atuarial do governo brasileiro”, divulgado nesta terça-feira (14), os instrumentos e métodos utilizados para o cálculo dos resultados previdenciários do governo não são “minimamente confiáveis”.
Segundo especialistas, Cerca de 70% das cidades brasileiras têm receitas previdenciárias maiores que as do FPM.
Por Cristiane Sampaio, do Brasil de Fato
A sambista e deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP) enviou um "chamado aos guerreiros e guerreiras para a grande manifestação nacional para derrotar os ataques aos direitos do povo". Leci afirmou ainda que "querem derrotar todas os nossos avanços, mas é o seguinte: a aposentadoria fica, eles é que têm de sair" e foi enfática: " vamos pras ruas na quarta-feira, dia 15 de março".
Para a liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, a questão da agricultura familiar e camponesa foi duramente afetada com o golpe à democracia.
Por Pedro Sibahi, da Agência PT de Notícias
Diante da relutância de parte dos parlamentares e da rejeição da maioria da população à elevação da idade mínima e do tempo de contribuição para a aposentadoria, segundo recente pesquisa divulgada pelo Serviço de Proteção ao Crédito e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, o governo Temer apela para chantagens e intimidações. “Se a reforma da Previdência não sair, tchau, Bolsa Família”, ameaçou uma das peças publicitárias veiculadas nas redes sociais pelo PMDB, partido de Temer.