O governo anunciou nesta quarta (4) que os conglomerados estatais federais, alvo de desmonte na gestão Michel Temer, tiveram aumento de 19,6% no lucro no primeiro semestre deste ano – de R$ 17,3 bilhões – em comparação com o primeiro semestre do ano passado. Na esteira do processo de desmonte das companhias públicas levado adiante por Temer, houve redução no orçamento – e em especial nos investimentos – e no quadro de funcionários das estatais.
“Eles tentam passar a ideia de que os Correios são inviáveis. Mentira. O que é inviável é esse governo. Por isso, os trabalhadores se levantam e estaremos ao seu lado sempre.” Esse foi o tom do discurso do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) no Plenário da Câmara nesta quarta-feira (4). Para o parlamentar, a estatal vive uma de suas maiores ameaças atualmente: a tentativa de privatização pelo governo de Michel Temer. “Eles já nem escondem sua intenção. Falam abertamente disso”, criticou.
Cerca de 50 mil pessoas participaram do amplo protesto contra a privatização de estatais brasileiras que tomou o centro do Rio de Janeiro nesta quarta (3), data do aniversário de 64 anos da Petrobras.
A liquidação do Brasil anunciada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em Nova York, não foi suficiente para satisfazer investidores norte-americanos. Nem a reforma trabalhista que aniquilou direitos conquistados ao longo de décadas bastou para agradar os capitalistas estadunidenses. Para quem olha o país como colônia a ser explorada, rasgar a CLT é pouco. “Então quer dizer que ainda não vamos poder reduzir salários? ”, questionou, frustrado, um empresário gringo.
Por Joana Rozowykwiat
No apagar das luzes da era FHC o sistema energético brasileiro estava pronto para ser vendido. No início dos anos 2000 a proposta da gestão neoliberal de Fernando Henrique Cardoso era promover a chamada desverticalização do sistema, para separar as atividades de geração, transmissão, distribuição e comercialização com o objetivo único e exclusivo de privatizar o setor.
O próximo dia 3 de outubro foi escolhido por trabalhadores de todo o Brasil como o Dia Nacional em Defesa das Empresas Públicas. No Ceará, trabalhadores da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) vão realizar um Ato em frente às sedes de Fortaleza e de Milagres contra a tentativa do governo golpista de privatizar a Eletrobras e suas subsidiárias
Um dia depois de o governo vender as quatro usinas operadas até então pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou o projeto de decreto legislativo 727/17 para suspender o leilão. A proposta terá ainda de passar pelo Plenário da Câmara e pelo Senado.
Está prevista para esta quinta-feira (29) a votação na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a votação do Projeto de Lei que autoriza o governo estadual a pegar o empréstimo de até R$ 3,5 bilhões, tendo como garantia a Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae). Dirigentes sindicais e deputados contestaram o PL na quarta-feira (27), data em que foi colocado para votação, sobre a não observância do regimento interno da Casa.
“A privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) representa um duro golpe à soberania nacional”, afirmou o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, ao comentar o resultado do leilão, ocorrido na manhã desta quarta-feira (27), que deu início ao processo de privatização do setor elétrico brasileiro.
“Parceria Público Privada (PPP) é na realidade um presente para a iniciativa privada”, afirmou Wagner Fajardo, coordenador do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. A privatização do metrô paulista aumenta a ofensiva no estado, fortalecendo a lógica da política privatista anunciada na esfera federal para a Eletrobras. A direção da estatal vê a adoção das PPPs como a solução para a venda.
Por Railídia Carvalho
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o governador Fernando Pimentel criticou a venda de quatro usinas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) pelo governo federal para cobrir o rombo do orçamento. Segundo o governador, o estado fez de tudo para permanecer com as usinas, mas não encontrou apoio do governo Michel Temer.
Como uma avalanche, o projeto de privatização de Michel Temer beira a criminalidade e quer vender 57 empresas.
Por Pablo Diaz*