Os movimentos de aceleração da venda de patrimônio público e da absurda adoção de um tal “semipresidencialismo” que é um mero disfarce, como registra Bernardo Mello Franco hoje na Folha, “para o velho parlamentarismo, que os brasileiros já rejeitaram em dois plebiscitos” não são desconexos.
Por Fernando Brito*, no Tijolaço
Com a euforia do mercado financeiro com o anuncio da intenção de privatizar a Eletrobras, o governo de Michel Temer tenta manter o clima e anunciou nesta quarta-feira que pretende privatizar a Casa da Moeda, órgão que confecciona as notas de real, além de passaportes brasileiros, selos postais e diplomas.
A privatização de parte do setor elétrico nos anos 90 penalizou o trabalhador eletricitário. Nota técnica do Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), publicada em março deste ano, afirma que a privatização precarizou as condições de trabalho além de aumentar tarifas e piorar os serviços. Na segunda-feira (21), Michel Temer anunciou a privatização da Eletrobras para fazer caixa.
Por Railídia Carvalho
O governo pretende arrecadar R$ 20 bilhões com a venda da Eletrobras, valor irrelevante perto dos mais de R$ 159 bilhões de déficit primário só deste ano e irrisório diante do potencial dos ativos da empresa. É mais um capítulo da privataria, da entrega do patrimônio público a preço de banana e com consequências desastrosas para o futuro do país
Para o Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de São Paulo (Sinergia), a privatização da Eletrobras anunciada nesta segunda-feira (22) pelo governo de Michel Temer deve causar perdas de qualidade na operação do sistema e aumento das tarifas para a população. Em Brasília, parlamentares também se manifestaram contra a medida.
Foi golpe ou não foi golpe? Até os dias de hoje ainda há gente que resiste a aceitar a evidência dos fatos. A estratégia para aprovar o impedimento da presidenta Dilma carregava consigo o atalho político-jurídico para colocar em prática o sonho dourado da turma do financismo. Depois de sucessivas derrotas nas eleições presidenciais de 2002, 2006, 2010 e 2014, finalmente as elites enxergaram uma janela de oportunidade para voltar ao poder sem necessidade de voto popular.
A proposta do governo golpista de Michel Temer (PMDB) de privatizar a Eletrobras vai afetar diretamente o consumidor. A avaliação é de Gilberto Cervinski, coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB).
A privatização da Eletrobras, um dos mais novos retrocessos anunciados pela agenda golpista, será um crime contra a soberania nacional, contra a segurança energética do país e contra o povo brasileiro, que terá uma conta de luz mais alta. Um delito dos mais graves, que deveria ser tratado como uma traição aos interesses da Nação.
Por Dilma Rousseff
O mercado financeiro está eufórico com a notícia anunciada pelo governo de Michel Temer de privatização da Eletrobras. Nesta terça-feira (22), o principal índice da B3 (antiga Bovespa) operou em forte alta, chegando a bater o patamar de 70 mil pontos, tendo a estatal como destaque de alta, chegando a quase 50% nos papéis ordinários.
Por Dayane Santos
Advogado Guilherme da Cunha Andrade questionou valor previsto para o leilão e cita 'lesão aos cofres públicos' para pedir suspensão das vendas das quatro usinas.
As dificuldades enfrentada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos foi tema de audiência pública na Câmara dos Deputados na quinta-feira (17). Entre os participantes do evento estavam o Presidente dos Correios, Guilherme Campos, e presidente da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios – FINDECT, José Aparecido Gimenes Gandara.
No Brasil, um processo de desmonte dos Correios segue na velocidade das encomendas expressas. Esse sucateamento dos serviços postais, ao qual todos estamos expostos, visa provavelmente tentar a privatização de uma das maiores e mais eficazes empresas públicas brasileiras e transferir uma atividade lucrativa, sigilosa e estratégica para as mãos do mercado.
Por Igor Venceslau*, em Outras Palavras