A hora-aula do professor da rede estadual de ensino no Ceará custa R$ 7,31. É a quinta pior remuneração do País. No Nordeste, é a quarta pior. “Dá pra comprar uma quentinha. Tem cabeleireiro recebendo R$ 15 reais pra fazer um corte de cabelo em vinte minutos”, compara o presidente do Sindicato dos Professores e Servidores da Educação no Estado do Ceará (Apeoc), Anízio Melo. A categoria está em estado de greve desde o dia 30 de junho.
Os trabalhadores da educação, coordenados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), já ajuizaram 1.723 ações junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), cobrando o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). Segundo informou o Sind-UTE, as ações estão sendo protocoladas sistematicamente.
Os professores da rede estadual de São Paulo iniciaram uma série de mobilizações contra resolução da Secretaria de Estado da Educação, publicada no último dia 8, que propõe a divisão das férias em dois períodos de 15 dias. Para eles, a nova elaboração do calendário escolar é injustificada, visto que caberia a participação no debate também os conselhos nas escolas e interlocutores da categoria. O governo argumenta que a medida auxilia na organização e funcionamento das escolas.
Os professores da rede estadual de Santa Catarina decidiram, no início da noite desta segunda-feira (18), pôr fim a uma greve que já durava mais de dois meses. Em assembleia estadual realizada em Florianópolis, a classe optou por voltar às salas de aula após 62 dias de paralisação. Mesmo assim, ressalvaram, o estado de greve continua.
Em reunião realizada no último sábado (16/07), a direção do Sindicato APEOC (capital e interior), tendo à frente o presidente da entidade, professor Anízio Melo, reafirmou sua jornada de lutas e intensificação do processo de mobilização dos professores para garantia do Piso Salarial e do Plano de Carreira.
No dia 12, os profissionais de educação das escolas estaduais do Rio de Janeiro decidiram em assembleia, realizada em frente à Alerj, manter a greve iniciada no dia 7 de junho. Em seguida, a categoria ocupou a Secretaria de Educação, onde houve tumulto, e agora está acampada em frente ao local.
A greve dos professores do Estado do Rio completa 37 dias nesta quarta (13) com adesão de 60% da categoria, de acordo com o diretor do Sepe Central (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), Adriano Santos.
Em pelo menos três estados – Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina –, os professores da rede estadual de ensino estão em greve há mais de 30 dias e exigem aumento de salários, entre outras reivindicações. Em Santa Catarina, a paralisação já dura 56 dias.
Professores grevistas continuam acampados em frente à Secretaria Estadual de Educação, no centro do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (13). Eles passaram a noite no local. Segundo os organizadores, a previsão é de que eles permaneçam na porta da secretaria até quinta-feira (14), dia da nova reunião com os secretários estaduais de Educação, Wilson Risolia, e de Planejamento, Sérgio Ruy.
Os profissionais de educação da rede estadual farão um ato nas escadarias da Alerj nesta terça-feira (12), a partir das 11h. Logo após o ato, a categoria fará uma assembleia geral no mesmo local para decidir os rumos da greve nas escolas estaduais.
A professora Amanda Gurgel se recusou, no sábado (2), a receber um prêmio oferecido em sua homenagem pela associação Pensamento Nacional de Bases Empresariais. Amanda ficou conhecida após fazer um discurso na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte a respeito da situação da educação no estado — o vídeo de sua fala foi acessado por mais de um milhão de internautas no YouTube.
Diretoria e Delegados Sindicais fazem balanço das ações do Sinteam no primeiro semestre do ano.