Esta semana o caderno cultural do Vermelho, Prosa, Poesia e Arte apresenta sete orikis do poeta Claudio Daniel. Oriki é um poema ritual da tradição nagô-ioruba, cantado até hoje nos terreiros de umbanda e candomblé, celebrando deuses, reis e herois lendários.
Ainda que raramente deixe de apelar às armas, o poder econômico repousa, em geral, sobre formas mais sutis de legitimação. Entre elas, a produção literária, como na América Latina do século 19.
Por Ericka Beckman*, no Le Monde Diplomatique
Com a crise econômica iniciada em 2008, especialistas voltaram a discutir o modelo capitalista, falando em fracasso deste sistema. Também, a partir daí, o marxismo tornou-se, mais uma vez, ferramenta crítica para análise e compreensão da conjuntura internacional, uma vez que esta filosofia tem a capacidade de se renovar na história. É assim que João Antonio de Paula, autor de “Crítica e emancipação humana: ensaios marxistas”, registra a atualidade e a importância deste pensamento crítico.
Maior detentora de títulos do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo, a escola de samba Vai-Vai, definiu na noite do último domingo (28), o hino oficial que irá embalar seu desfile no próximo ano. A trilha-sonora oficial do enredo "Simplesmente Elis – A fábula de uma voz na transversal do tempo", uma jsuta homenagem a trajetória de uma das maiores vozes deste país, Elis Regina que será assinada pelos compositores Zeca do Cavaco, Zé carlinhos e Ronaldinho FDQ.
O trenzinho recebeu em Magoarí o pessoal do matadouro e tocou para Belém. Já era noite. Só se sentia o cheiro doce do sangue. As manchas na roupa dos passageiros ninguém via porque não havia luz. De vez em quando passava uma fagulha que a chaminé da locomotiva botava. E os vagões no escuro.
Por Alcântara Machado*
Parte da nova geração de cineastas argentinos, Lucía Puenzo discorre sobre carreira e o vigor da produção cinematográfica do seu país.
Por Franthiesco Ballerini*
A Biblioteca Nacional da Argentina inaugurou uma exposição em honra à tira cômica argentina mais emblemática do humo gráfico do país, que cumpriu nesta segunda-feira (29), meio século de existência.
Dizem que quem conta um conto aumenta um ponto. Pois bem, vou aumentar aqui o meu. Estava eu no ponto de ônibus quando chegou ao meu lado um sujeito um tanto alterado e perguntou apontando para meu bolso e tentando manter-se de pé: Você tem aí uma ponta de cigarro?
Bartolomeu Basto não gostava de quando, na infância, o apelidavam de Bartolomeu Bosta. Mas também, né? Como um pai e uma mãe dão um nome deste para um filho? Como se já não bastasse o sobrenome os progenitores ainda quiserem se meter a poetas e promoveram este arremedo de rima. Não podemos pensar que fizeram isto de pilhéria com a pobre cria. Mas pelo sim, pelo não, jogaram nas mãos dos bulinadores uma verdadeira piada pronta. Pobre Bartolomeu, comeu o pão que o diabo amassou.
Fiquei sabendo que o nome completo dela é Noêmia Pereira Lins. Fiquei sabendo também que tem 74 anos e um filho chamado Júlio, tamanha a confusão que ela aprontou naquela manhã de segunda-feira numa agência bancária da Rua Clélia, na Lapa.
Por Alberto Villas, na Carta Capital
"Irreverente, meado de altura, um feroz humor. Autor de versos que hoje correm o mundo, tão antológicos que viraram quase domínio público", essas e muitas outras palavras foram usadas pelo escritor e jornalista pernambucano Urariano Mota para externar suas impressões sobre o poeta, também pernambucano, Valmir Jordão. A Coluna Prosa, Poesia e Política dessa semana conta um pouco da história desse artista nordestino.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Às vezes enterramos nossos conceitos antes da hora, por medo de enfrentar seus limites. Isso vale para as noções de autor e de narrador, absorvidas gradativamente pela supremacia do personagem. Autoria maldita, inabordável metodologicamente como noção crítico-literária, impensável psicanaliticamente como expressão de auto-coerência, impraticável para um mundo em crescente escritura de si mesmo.
Por Christian Ingo Lenz Dunker*