O papel central desempenhado pelos comunistas na luta contra o nazi-fascismo no Brasil e no mundo atraiu a simpatia de parcelas significativas da intelectualidade brasileira. O prestígio da URSS e de Luís Carlos Prestes, o “cavaleiro da esperança”, estava no seu auge. Artistas e intelectuais acorreram em massa ao Partido que representava as aspirações mais avançadas da humanidade.
Por Augusto Buonicuore*
A dissertação de mestrado para a UFRJ da pesquisadora Valéria Lima Guimarães apresenta um amplo estudo sobre a relação dos comunistas com o samba, o carnaval e a cultura popular.
O aparato político-cultural do PCB funcionou, ao longo de sua história, como importante polo gravitacional do mundo da cultura, com um grau de adesão mais ou menos permanente, a depender sempre das circunstâncias políticas e dos debates internos.
Por Ricardo Costa*
O Brasil vive uma de suas mais graves crises políticas dos últimos tempos. A oposição tenta, a qualquer custo, embasar argumentos para o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. No entanto, em meio a este pandemônio, é possível parar e respirar quando o assunto é a poesia de Thiago de Mello, o poeta que permanece convicto em seus princípios e, aos 90 anos, mantém uma lucidez impressionante.
Por Mariana Serafini
Prestes a completar 90 anos, Thiago de Mello permanece irredutível em suas convicções e certeiro em seus apontamentos sobre o atual cenário. Para marcar o aniversário do poeta, a Fundação Maurício Grabois o homenageia com uma solenidade da Biblioteca Mário de Andrade. O evento acontece na próxima terça-feira (15), na capital paulista.
Contra a violência da ditadura imposta pelo golpe de 1964, a arte. Essa foi a arma utilizada por Thiago de Mello para se opor ao regime arbitrário que se instalara no país. Na ocasião, o poeta renunciou ao posto de adido cultural no Chile. Tomou a decisão em resposta ao Ato Institucional número 1 e também como forma de marcar sua posição contrária ao uso da tortura como método de interrogatório.
Por Alberto Ramos
Foi na embaixada do Brasil em Santiago do Chile que, em abril de 1964, o poeta Thiago de Mello recebeu a notícia do golpe militar que impôs a ditadura ao Brasil. Ele era adido cultural na embaixada e tinha, entre seus amigos, ninguém menos que o poeta Pablo Neruda, que traduziu seus versos para o espanhol, da mesma forma como ele traduzia Neruda para o português.
Por José Carlos Ruy
Eu era uma menina em 1978, quando já havia me encantado a companhia de poetas, de artistas, de humanistas. Aquele mundo era belo, profundo, pura vida! Enquanto eu ia descobrindo o mundo, mundos vinham até mim. E com ele – numa noite em que nos juntamos um tanto amedrontados com a presença de espiões da ditadura militar – veio o poeta Thiago de Mello e sua poesia. Eu morava em São Luís do Maranhão, terra de poetas imensos!
Por Mazé Leite*
A poesia oferece muitos caminhos ao poeta, caminhos de se achar, e caminhos de se perder, caminhos de alarido e silêncio, de paz e transtorno, levitação e queda livre, luz e trevas “mais noite que a noite” – nas palavras de García Lorca.
Por Jeosafá Gonçalves, especial para o Vermelho
Pernambucana de Bodocó, Cida Pedrosa é uma poeta ousada. Urariano Mota a definiu, certa vez, como uma escritora em que se misturam três pês: poesia, política e partido. Desde o tempo, na década de 1970, quando se mudou para Recife. Na capital pernambucana, aperfeiçoou o gosto pela leitura e pela escrita, que trazia desde a infância. E descobriu o marxismo, a militância de esquerda e o Partido Comunista do Brasil – juntando assim os três pês que marcariam sua vida.
Pernambucana de Bodocó, Cida Pedrosa é uma poeta ousada. Urariano Mota a definiu, certa vez, como uma escritora em que se misturam três pês: poesia, política e partido. Desde o tempo, na década de 1970, quando se mudou para Recife. Na capital pernambucana, aperfeiçoou o gosto pela leitura e pela escrita, que trazia desde a infância. E descobriu o marxismo, a militância de esquerda e o Partido Comunista do Brasil – juntando assim os três pês que marcariam sua vida.
No Brasil acontecem 527 mil tentativas ou casos consumados de estupro anualmente, destes, 89% das vítimas são mulheres. A violência faz parte do cotidiano, mas o direito de entender e discutir sobre o próprio corpo não. Na tentativa de quebrar o tabu da menstruação, a fotógrafa italiana Anna Volpi fez um ensaio forte e sensível sobre o tema. “Vemos muito sangue por conta da violência, mas ao mesmo tempo nos retraímos ao ver o sangue natural exposto”, provoca.