Lideranças petistas na Câmara dos Deputados se reuniram nesta quinta-feira (9) para aparar possíveis divergências e rechaçar as especulações sobre disputas internas na bancada. “Nos últimos dias têm saído muitas matérias sobre divergências entre nós, que somos líderes no PT. Tivemos uma conversa para verificar se havia alguma diferença. Queremos dizer que não temos nenhuma divergência e temos trabalhado de forma articulada aqui na Câmara”, disse o presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS).
Para os petistas, não sair em defesa de Palocci foi uma reação contra o risco de distanciamento do PT em relação à sua base social. Por isso estamos com a presidenta Dilma e apoiamos sua dolorosa atitude nesta hora. Mesmo tendo que perder um ministro tão importante, ou tendo que parecer vencida pela pressão das oposições, ela preferiu não perder o sentido social de seu governo.
Por Elói Pietá, no site do PT
Com o apoio aberto do PT, o deputado federal Gabriel Chalita foi lançado pré-candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, num movimentado arquitetado pelo vice-presidente da República, Michel Temer, para aumentar o cacife do partido no maior colégio eleitoral do País.
Uma ala do PT, a que elegeu o deputado Marco Maia (RS) presidente da Câmara e fez de Paulo Teixeira (SP) o líder da bancada, está pregando o rompimento do acordo com o PMDB.
Por Ilimar Franco, no O Globo
A situação do governo, neste momento, é a de quem vive um determinado tipo de crise política. A intensidade e profundidade são evidentes.O mesmo diagnóstico parte de 11 entre dez observadores: é preciso rearticular a condução política do governo e isso exige liderança política da presidente.
Por Walter Sorrentino*
A cúpula do PMDB decidiu, nesta quinta-feira (2), conceder apoio explícito ao ministro Antonio Palocci (Casa Civil), acusado de enriquecimento ilícito e tráfico de influência. “Não se trata de solidariedade. Nós apoiamos o ministro Palocci”, afirma o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).
Fragilizado desde a revelação de sua evolução patrimonial, o chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, terá nesta quinta-feira (2) uma nova demonstração de seu isolamento político. Reunida em Brasília, a Executiva Nacional do PT, seu partido, descartou na véspera a hipótese de manifestação em apoio de Palocci.
Logo depois de a base governista conseguir a suspensão da convocação do ministro Antonio Palocci, o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), avalia que o chefe da Casa Civil deverá vir a público tratar do aumento de seu patrimônio. "Talvez seja a hora de Palocci falar", pondera.
A cada demonstração de "descompromisso" de Eduardo Suplicy, cresce no PT a avaliação de que o senador paulista joga "para si mesmo", e não para o partido. Ao vazar com detalhes, e em on, as explicações dadas por Antonio Palocci para o faturamento recorde da Projeto, dizendo que a empresa ganhou R$ 1 milhão ao assessorar uma única fusão, Suplicy fez renascer no partido a ideia de rifá-lo em 2014.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) sugeriu a seu partido a demissão do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci — que não consegue explicar como aumentou seu patrimônio em 20 vezes atuando como consultor no período em que exerceu mandato de deputado (2006-2010). Mulher do ministro Paulo Bernardo (Comunicações), Gleisi expôs sua opinião durante almoço que ofereceu, na semana passada, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os cinco governadores do PT, que se reuniram nesta segunda-feira (23), em Brasília, com o presidente nacional do partido, Rui Falcão, divulgaram ao final do encontro um documento intitulado “Carta de Brasília”, onde reafirmam apoio às ações do governo da presidenta Dilma Rousseff e o compromisso com a defesa de uma reforma política com participação popular.
Dirigentes do PT estão convencidos de que é necessário atrelar o PMDB ao projeto de 2014, seja com a tentativa de reeleição de Dilma Rousseff ou com o lançamento de outra candidatura. E, para isso, já articulam estratégias para expandir a aliança com o partido no estado de São Paulo em 2012.