O assassinato do jovem negro estadunidense Trayvon Martin estimula uma proposta de lei no Congresso para enfrentar a discriminação racial por parte da polícia, informou nesta quarta-feira (30) o jornal The Hill.
A ministra da Integração italiana, Cecile Kyenge, atingida por bananas na última sexta-feira (26), disse que, às vezes, se sente “cansada” dos insultos e ofensas de que tem sido alvo por ser negra, mas assegurou que os ataques não a farão desistir de sua missão.
Ao avaliar a situação da mulher negra na sociedade brasileira, a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, disse nesta segunda (22) que, embora esse segmento esteja entre os que mais sofrem os efeitos do racismo, as mulheres negras são também as mais preparadas para transformar essa realidade.
Marchas em Los Angeles. Vigílias em Atlanta. Milhares de manifestantes na Union Square, em Manhattan. Passeatas no South Side de Chicago. Punhos cerrados em Houston, Texas. Líderes religiosos à frente de uma celebração ecumênica em Baltimore, faixas com os dizeres “Nós somos Trayvon”. Um emocionado e revoltado Stevie Wonder interrompe seu espetáculo em Québec para anunciar o início de um boicote artístico à Flórida.
Por Eduardo Graça*, na Carta Capital
“Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele.” Quase meio século se passou desde que essas palavras foram proferidas por Martin Luther King Jr., em 28 de agosto de 1963, diante de 250 mil pessoas reunidas em Washington.
Desde que foi nomeada como primeira chefe de ministério negra da Itália, em abril último, Cécile Kashetu Kyenge tem sido vítima de observações de cunho racista e sexista por parte de membros da Liga Norte (LN), partido populista de direita que, entre outras bandeiras, é contra a imigração. Seus insultos incluem "macaca congolesa" (a ministra da Integração nasceu e cresceu na República Democrática do Congo) e "membro do governo bonga-bonga".
Inocentado por um júri na Flórida, George Zimmerman se viu livre da acusação criminal de matar a tiros o adolescente negro desarmado Trayvon Martin, mas ainda está sob o fogo dos líderes dos direitos civis e críticos que ficaram consternados com o veredicto.
O racismo israelense tem uma justificativa nova e original: as pessoas o adoram. Quando há racismo, os árabes são impedidos de juntar-se aos times esportivos, para que as equipes possam encontrar patrocinadores. Se já tivemos sionismo político, prático, espiritual e religioso, agora temos racismo político e racismo brotando da necessidade de contratos de patrocinadores.
Por Gideon Levy*, no Ha'aretz
As pessoas que forem vítimas de racismo no Distrito Federal contarão agora, de graça, com atendimento psicológico integrado à orientação jurídica, fruto de uma parceria entre a Defensoria Pública e a Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial.
No ano passado, foram 402 ocorrências registradas nas delegacias do DF – uma média de 33 por mês, ou uma por dia. Brasília é a segunda região administrativa com maior número de ocorrências – 62. Perde apenas para Ceilândia, que teve quatro a mais.
Uma cliente de uma padaria na Asa Sul, em Brasília, foi presa neste domingo (2), por racismo. A Polícia Civil informou que a mulher, de 48 anos, chegou ao estabelecimento e, após discordar do preço de um produto, chamou uma das funcionárias de "negra bandida e idiota". Além dos xingamentos, a mulher teria agredido outras pessoas com com tapas e arranhões.
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse nesta quarta-feira (22) ter confiança de que será possível reverter a decisão da Justiça Federal, que suspendeu editais de incentivo à produção cultural negra, lançados pelo Ministério da Cultura em novembro de 2012.