A atividade econômica no país continua a cair, agora em ritmo ainda mais acelerado. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve retração de 0,91% em agosto – a maior queda em 15 meses – e de 5,6% nos últimos doze meses. Trata-se de mais um indicador negativo, que contradiz o discurso de Michel Temer de que já há uma recuperação. Para o professor de Economia da PUC-SP, Antonio Corrêa de Lacerda, os dados mostram que o diagnóstico do governo não bate com a realidade.
Pesquisa de Nível de Emprego do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) aponta que a indústria de transformação paulista fechou 11 mil postos de trabalho em agosto. Número representa recuo de 0,49% em relação ao mês anterior. Com ajuste sazonal, a retração foi de 0,27%.
O PIB (produto Interno Bruto) do Japão recuou pelo segundo trimestre seguido. No terceiro trimestre, a queda foi de 0,4%. Em um ano, o PIB do país recuou 1,6% e o país retornou à recessão.
Esta terceira recessão que se inicia, diferente das outras duas anteriores, está voltada para países centrais da Zona do Euro, Alemanha, França e Itália.
Por Vincenç Navarro (*), na Carta Maior
Com forte apoio da mídia burguesa, a oposição neoliberal ao governo Dilma, liderada pelo PSDB, decidiu deflagrar o que o secretário do Tesouro, Arno Augustin, denunciou na terça-feira, 5, como um “ataque especulativo” contra a economia com base em notícias sensacionalistas que dão conta de um suposto (e na verdade falso) descalabro das contas públicas.
Por Adílson Araújo*, no Portal CTB
O jornal espanhol El País noticiou as declarações e análises feitas pelo Banco da Espanha, nesta quarta-feira (23), sobre um “fim da recessão mais comprida da democracia” no país, ou seja, desde a queda do regime autocrático de Francisco Franco, em 1975. Apesar do tom positivo, o país ainda testemunha níveis históricos de desemprego e empobrecimento, e lida com a adoção de medidas de austeridade impostas desde fora, com efeitos dramáticos para o povo.
A Espanha afunda novamente na recessão. É o mais recente golpe à economia europeia no que promete ser uma longa cadeia de más notícias. A crise nunca foi embora.
Por Alejandro Nadal*
'O capitalismo não funciona'. A maior parte dos presidentes atravessam um ou mais períodos econômicos maus (recessões, depressões, crises, etc). Todo presidente desde pelo menos Franklin Dellano Roosevelt gerou um "programa" para responder ao período mau – tal como era pedido pelos cidadãos e os negócios.
Por Richard D. Wolff*