O evento, realizado na última quarta-feira (07/04), reuniu mais de 80 representantes de centrais sindicais cearenses e técnicos do Dieese em torno do tema “Negociações coletivas em 2010: Recuperação Salarial e Redução da Jornada de Trabalho”
O grupo distribuiu panfletos, expôs faixas e usou um boneco gigante estampando a marca da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Os trabalhadores organizados nas centrais sindicais Força Sindical e Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) estarão nesta terça-feira (06.04), a partir das 5h, no Aeroporto Internacional Pinto Martins.
Em todo o mundo, cerca de 22% da força de trabalho, ou 614,2 milhões de trabalhadores, aproximadamente, trabalham mais de 48 horas semanais.
A campanha em favor da redução da jornada de trabalho invade as ruas de Fortaleza. Na última quarta-feira (24.03), estudantes e trabalhadores munidos de cartazes, faixas, jornais e bandeiras estiveram no cruzamento das avenidas da Universidade com 13 de Maio, colando nos carros mais de 300 adesivos com o slogan “Eu apoio a redução da jornada de trabalho”.
O livro “Duração do trabalho em todo o mundo: Tendências de jornadas de trabalho, legislação e políticas numa perspectiva global comparada”, lançado nesta quinta (25) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em debate na Universidade de Brasília (UnB), conclui que, no caso de adoção das 40 horas semanais no Brasil, seriam beneficiados diretamente um contingente de 18,7 milhões de trabalhadores brasileiros.
A conquista da jornada de 40 horas semanais pelos trabalhadores só se dará pela mobilização e pela pressão do movimento sindical, nas fábricas e no Congresso Nacional. Esta luta vai mostrar aos deputados e senadores, e aos patrões, a importância da jornada menor não só para os trabalhadores como para a sociedade.
Por Miguel Torres*, na Força Online
Estudantes, trabalhadores, mulheres, jovens e diversos segmentos sociais estarão unidos hoje em Fortaleza em prol de uma grande causa: divulgar junto à população informações sobre a redução da jornada de trabalho.
A 4a Jornada Nacional de Debates organizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com o apoio das seis centrais sindicais, que ocorrerá a partir desta terça-feira (23) até o dia oito de abril em todas as capitais do país, terá como tema principal a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
Uma queda de braço entre a Força Sindical e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) foi explicitada nesta terça-feira (16) — e interessa diretamente aos trabalhadores. Tão logo o presidente da Força, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), anunciou que protocolaria denúncia contra a CNI na Procuradoria Geral do Trabalho (PGT), a entidade do empresariado rebateu a acusação, em nota.
Autor da PEC da Jornada de Trabalho, o Senador Inácio Arruda contesta que os impactos da redução da jornada serão negativos, como afirmam as entidades CNT e CNI. As entidades continuam pedindo que o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), não coloque em votação a proposta. A alegação é a de que a redução da jornada de 44 horas para 40 horas semanais não garantirá a geração de mais empregos.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, disse nesta quarta (10) que a proposta na Câmara dos Deputados de não votar emendas constitucionais neste ano de eleição é um golpe contra os trabalhadores que aguardam com expectativa a votação no plenário da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria dos senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS), que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.