"2011, O Ano do Brasil" estampa a capa da edição de janeiro da revista "Globo Rural". Trecho da matéria: "Preços em alta, consumo aquecido e custo de produção menor devem favorecer expansão do setor". Em sua "Carta", o editor manda logo um céu de brigadeiro.
Por Rui Daher*
A Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à Igreja Católica, concluiu que houve em 2010 uma redução de 44% no número de famílias assentadas em todo o Brasil em comparação a 2009.
Para famílias sem terra, o ano começou com uma jornada de ocupações de terras pelo estado de São Paulo. Na manhã da última terça-feira (4), cerca de 300 pessoas se concentraram em frente ao Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), em Presidente Prudente.
O novo ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, que assumiu a pasta com o discurso de fortalecimento da agricultura familiar e de promoção da reforma agrária, disse que apesar de avanços na área, o País ainda abriga cerca de cinco milhões de agricultores familiares em extrema pobreza. Para Florence, esse quadro tem que ser mudado com urgência.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Minas Gerais (MG), criou mais quatro projetos de assentamento, totalizando sete novos assentamentos no estado. As portarias foram publicadas no Diário Oficial da União.
O professor Clifford Andrew Welch, do curso de história da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), desmentiu a reportagem do jornal O Globo publicada no domingo (19). No texto, Welch é apresentado como fonte de informações sobre a existência de espiões do MST dentro do Incra e suposta prática dos assentados “de alugar a terra de novo ao agronegócio” em telegramas remetidos por diplomatas estadunidenses no Brasil, divulgados pelo Wikileaks.
Os resultados preliminares da primeira pesquisa sobre a qualidade de vida nos assentamentos da reforma agrária de todo País foram divulgados, na última terça-feira (21), pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Cerca de 22 crianças e adolescentes que participam do encontro Mudanças Climáticas: Nossa Vida está em Jogo entregaram nesta quarta-feira (8) a representantes da equipe de transição da Presidência da República uma carta pedindo que o próximo governo atue em favor da preservação ambiental, do reconhecimento da diversidade das populações do país, dos direitos fundamentais, da visibilidade social das comunidades, da reforma agrária e da demarcação e titulação de territórios.
O MST organizou o 1º Encontro dos Assentados de São Paulo, entre 14 e 17 de novembro, para fazer um balanço da luta pela Reforma Agrária, discutir as perspectivas da pequena agricultura e construir uma pauta de reivindições para o governo Dilma. Participaram do encontro mais de 600 trabalhadores assentados, de 10 regionais do MST no estado de São Paulo.
A Folha de S. Paulo publicou uma reportagem neste domingo (28) acerca de uma "crise financeira" pela qual estaria passando a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), espaço de formação política ligado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Segundo a Folha, a "crise" seria fruto de corte de recursos do governo federal ao movimento. Em nota, a Associação de Amigos da ENFF explica que nunca dependeu de recursos federais e esclarece a natureza das suas dificuldades econômicas.
A necessidade de ampliar a quantidade de estabelecimentos de ensino vinculados à rede municipal e estadual de educação no campo reúne nesta terça-feira (16) 650 educadores, que trabalham em assentamentos da reforma agrária, num encontro no Centro de Capacitação de Faxinal do Céu. Essas instituições atendem cerca de 20 mil estudantes paranaenses.
Flaviano Pinto Neto era presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do povoado Charco, no município de São Vicente Férrer. Flaviano foi morto com oito tiros, vítima do conflito agrário na região. Ele tinha 45 anos e deixa cinco filhos.