Sindicato dos Auditores Fiscais a Receita Federal alerta que presidente eleito age como Michel Temer, com o objetivo de aprovar proposta nociva aos trabalhadores.
O governo Jair Bolsonaro queria aprovar o reforma da Previdência a qualquer custo antes de sua posse. O pleno era de aprovar o texto como foi encaminhando por Michel Temer ao Congresso. A proposta não encontrou apoio nem mesmo junto a aliados e parlamentares do próprio partido, o PSL.
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, reconheceu nesta segunda (12) que há dificuldades em aprovar a reforma da Previdência ainda este ano. Segundo ele, a avaliação foi feita pelo economista Paulo Guedes, que assumirá o superministério da Economia, e que está à frente das principais negociações sobre o tema. Bolsonaro e Guedes se reuniram nesta segunda-feira no Rio de Janeiro.
Um político autoritário e um economista neoliberal levam a prever anos muito difíceis para os brasileiros. A proposta de hoje é a capitalização da previdência básica. A ideia é permitir que gestores de fundos da iniciativa privada – bancos, seguradoras e até fundos de pensão de estatais – administrem a poupança individual de aposentadoria dos trabalhadores. Novos trabalhadores poderão optar por serem assim assegurados.
Por Luiz Carlos Bresser-Pereira
O modelo de Previdência Social do Chile foi rejeitado nesta segunda-feira (12) pelas nove centrais sindicais brasileiras reunidas em plenária nacional realizada em São Paulo. A atividade reuniu cerca de 250 sindicalistas de diversas categorias profissionais e contou com a participação de Mario Reinaldo Villanueva Olmedo, dirigente da Confederación Fenpruss, que esclareceu sobre os prejuízos que a Previdência chilena trouxe aos trabalhadores daquele país.
Por Railídia Carvalho
Conversas foram iniciadas depois de computado o impacto da aprovação, esta semana, de pautas bombas que permitiram o aumento do Judiciário e o novo regime tributário para setor automotivo.
Após reunião com Bolsonaro no gabinete do governo de transição, em Brasília nesta quinta-feira (8), o governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que Jair Bolsonaro e Michel Temer já trabalham em uma reforma da Previdência "infraconstitucional", ou seja, sem que haja a necessário modificar a Constituição.
Durante a campanha eleitoral, a deputada gaúcha e então vice na chapa de Fernando Haddad (PT), Manuela d'Ávila afirmava que a proposta de governo de Jair Bolsonaro (PSL), agora eleito presidente, era d continuação de desmonte do estado e dos direitos. Nesta quarta-feira (7), Bolsonaro e Temer se encontraram no Palácio do Planalto e entre troca de sorrisos e afagos, Temer disse que seu governo vai "colaborar intensamente" com a equipe de Bolsonaro e com a aplicação da sua agenda.
Com a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições deste ano, a proposta de reforma da Previdência pode adotar um modelo ainda mais radical no que tange aos ataques aos direitos dos trabalhadores. A imprensa comercial noticiou na quinta-feira (1) que a equipe de Bolsonaro recebeu um estudo do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e do especialista em Previdência Paulo Tafner, que propõe ampliar os cortes pretendidos pela proposta de Michel Temer.
O projeto de reforma da Previdência desenhado pelo governo de Michel Temer (MDB) dificilmente conseguirá ser aprovado ainda neste ano, como têm sugerido o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e seu futuro ministro na área econômica, Paulo Guedes. A avaliação é do analista político do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) Marcos Verlaine.
As principais centrais sindicais brasileiras (CTB, CUT, Força Sindical, CSB, UGT, Nova Central e Intersindical) se reúnem às 10 horas desta quinta-feira (1º) na sede do Dieese, em São Paulo, com o objetivo de organizar uma mobilização nacional contra a reforma da Previdência que Temer e Jair Bolsonaro querem ver aprovada ainda neste ano.
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou no início da semana que vai encontrar o presidente Michel Temer (MDB) para tentar aprovar ainda este ano a reforma da previdência. A matéria, conforme adiantado pelo futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes, é prioridade da nova gestão.