A Previdência Social, tão atacada pelo governo ilegítimo de Michel Temer (MDB-SP), é superavitária. O discurso do atual governo golpista de que a Previdência está quebrada e que em pouco tempo não haverá mais dinheiro para pagar os aposentados e pensionistas é mentira. O problema da Previdência é de gestão, má administração, anistias, sonegação, desvios e roubalheira.
O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou as contas da Previdência Social, produziu a cartilha “CPI da Previdência: Ousadia e Verdade”. Trata-se de uma síntese dos resultado dos trabalhos da CPI ao longo de seis meses. O relatório final da Comissão constatou que a Previdência Social não é deficitária e revela “má gestão”. Outro trecho fala em “manipulação de dados por parte do governo para que seja aprovada a reforma da Previdência”.
As dificuldades que o governo de Michel Temer e a base aliada enfrentam para conseguir os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência Social devem servir de combustível para os movimentos sociais e sindicais conseguirem apoio na Câmara pela rejeição da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016. É o que pensa o coordenador da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Gilson Reis.
Centrais discutem greve para 19 de fevereiro, data apontada pelo Congresso para votação da proposta.
Depois do presidente da Câmara, agora é a vez do primeiro vice-presidente da Casa praticamente jogar a toalha quanto à aprovação da reforma da Previdência. Para Fábio Ramalho (MDB-MG), o governo tem hoje, no máximo, 220 votos. A aprovação da proposta de emenda constitucional exige o apoio de pelo menos 308 deputados em dois turnos de votação. A primeira delas está marcada para logo depois do Carnaval, no dia 19 de fevereiro.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (16), em Washington, que, se o governo não conseguir os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência em fevereiro, a Câmara não votará mais a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016. O início da discussão da matéria está previsto para 19 de fevereiro, mas o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, admitiu nesta terça que a gestão não tem ainda o apoio necessário.
Após série de suspensões por abuso da propaganda oficial, governo vai usar dados de cidadãos para convencê-los a apoiar a mudança na aposentadoria.
Por Marina Pita*
Sem os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência, o governo ilegítimo e golpista de Michel Temer (MDB-SP), que pretende colocar a nova proposta na pauta da Câmara dos Deputados no dia 19 de fevereiro, recorre a todo e qualquer tipo de terrorismo e propaganda enganosa para tentar convencer a opinião pública de que o desmonte da Previdência é necessário para fazer o Brasil voltar a crescer.
Ao invés de economia, gasto. A Reforma da Previdência ainda nem entrou na pauta de votação, mas já causa prejuízos, uma vez que provocou uma corrida para se aposentar. O número de servidores federais civis que pediram aposentadoria entre janeiro e novembro de 2017 aumentou quase 50% (46,7%) para 21.371 na comparação com o mesmo período em 2016, quando 14.563 solicitaram o benefício. É o medo de serem afetados pelas mudanças. Os dados são do Ministério do Planejamento.
Acontece nesta segunda-feira (15), na sede da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), às 14h, reunião do Fórum das Centrais Sindicais. Até a sexts-feira (12) estavam confirmadas as presenças da CUT, Nova Central, Força Sindical e CSB. Na pauta, a agenda de ação para barrar a Reforma da Previdência.
A campanha pela aprovação da proposta que reforma a Previdência Social pública e acaba com a aposentadoria avança de forma brutal e escandalosa. A notícia do rebaixamento da nota de crédito do Brasil de "BB" para "BB-", pela agência de classificação de riscos Standard & Poor's, foi justificada pelo "atraso no avanço das reformas para conter gastos fiscais".
Pesquisa feita pelo Instituto Paraná com 2,5 mil brasileiros em 176 municípios, nas 27 unidades da federação, entre os dias 9 e 11 de dezembro do ano passado, apontou que 66% dos brasileiros são contrários a reforma da Previdência proposta por Michel Temer.