Ao se manter na base do governo, partido consolidou a negação de sua própria origem, mas aposta na aprovação das reformas. Temer sabe que, se o PSDB abandonar o Planalto, os demais partidos vão segui-lo.
Sindicatos e confederações que representam trabalhadores criticaram nesta quarta-feira (14) a Proposta de Emenda à Constituição enviada ao Congresso Nacional pelo presidente da República com mudanças na Previdência. As entidades participaram de uma audiência pública interativa promovida pela CPI do Senado que investiga a contabilidade da Previdência Social. A PEC 287/16 está na Câmara dos Deputados.
A precarização da mão de obra, futura consequência das reformas do governo Temer, vai afetar a saúde dos trabalhadores que laboram em locais insalubres e periculosos. Na Bahia, o Sindicato dos Frentistas intensificou a campanha Não Passe dos Limites, nos postos de combustíveis, vinculando os debates da saúde com as consequências das reformas do governo Temer.
Por Estefânia de Castro
Em evento convocado pelas redes sociais, mulheres trabalhadoras, estudantes e aposentadas, organizadas e não-organizadas, entidades e movimentos feministas chamam um Ato das Mulheres pelas Diretas e por Direitos, no largo do Arouche, em São Paulo, neste domingo (11/06). Dentre as artistas que já confirmaram presença estão Pitty, Tulipa Ruiz, Ana Cañas, Tati Botelho, Luana Hansen, Maria Gadu e MC Soffia.
Segundo congressistas, crise política, base de Temer rachada e oposição social inviabilizam aprovação da PEC 287 e governo deve se concentrar na reforma trabalhista.
O Centro Nacional de Estudos Sindicais e do Trabalho (CES) realizará no dia 7 de junho, às 18h30, a palestra "A Conjuntura Nacional e os Impactos das Reformas do Governo Temer para os Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros", com Thomas de Toledo, no salão do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (SINTICOM), em Campinas-SP.
É ampla a pauta das Confederações de trabalhadores em reunião do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) nesta quinta (1º), em Brasília. Segundo o coordenador Artur Bueno de Camargo, crescem as frentes de atuação em face dos ataques do governo, do Congresso e de entidades empresariais.
Dirigentes da Associação Nacional de Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e diversos representantes de Amatras estiveram reunidos nesta quarta-feira (31) no Congresso Nacional em audiências com diversos parlamentares sobre as reformas previdenciária (PEC 287/17) e trabalhista (PLS 38/17) em curso no Parlamento.
Com a incapacidade do governo Temer de superar a crise política em que se encontra, o andamento da PEC 287, que trata da reforma da Previdência Social, vem gerando impasse entre partidos da base aliada. Alguns defendem uma reforma mais “enxuta”, aprovando apenas a idade mínima de 65 anos. Pascoal Carneiro, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), diz que a busca pela base por nova estratégia confirma as dificuldades do governo.
Por Railídia Carvalho
Advogados do ramo do Direito Previdenciário foram unânimes em afirmar, em audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, que a reforma proposta pelo governo para o setor parte de diagnósticos equivocados e premissas seletivas. Para eles, a reforma é “aberrativa” e leva o país “para o abismo”. A audiência, realizada nesta segunda-feira (29), foi a sexta promovida pela CPI para tratar do assunto.
O Projeto de Lei da Câmara 38/2017 que trata da reforma trabalhista volta à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta terça-feira (30) com o acordo entre governo e oposição de que a votação ficará para a próxima semana. Magistrados do Trabalho voltaram a criticar o projeto nesta segunda-feira (29) em audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado para debater as reformas da Previdência e Trabalhista. Para a Associação dos Juizes do Trabalho (Anamatra), o debate precisa seguir o regimento.