O programa do governo de Michel Temer de reformar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Previdência Social unificou os movimentos sindicais brasileiros que prosseguem nesta sexta-feira (10) com a agenda unitária de resistência á política de retirada de direitos do governo federal. As entidades e movimentos buscam fortalecer os protestos às vésperas da entrada em vigor da reforma trabalhista, aprovada no Senado e sancionada por Temer.
Entra em vigor no próximo sábado (11) a reforma trabalhista elaborada pelo governo Temer e aprovada pelo Congresso. Trata-se de um dos maiores retrocessos civilizatórios já implementados no país.
Por Wadson Ribeiro*
Pesquisa CUT-VOX Populi divulgada nesta quinta-feira (9) confirma a rejeição dos brasileiros com a reforma trabalhista do governo Temer, que já foi sancionada e cujas regras entram em vigor no próximo sábado, dia 11.
Na opinião do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, está demonstrado que o golpe apoiado pelo empresariado contra a presidenta Dilma Rousseff prejudicaria os trabalhadores e os mais pobres. A observação do dirigente faz parte do Especial Reforma Trabalhista desta semana do Portal Vermelho. A convite do Portal representantes das seis centrais de trabalhadores enviaram artigos sobre a reforma que passa a vigorar neste sábado (11).
O Especial Portal Vermelho sobre a Reforma Trabalhista publica mais um artigo sobre os impactos da reforma sobre as relações de trabalho no Brasil. Nesta quinta-feira (9), o texto é do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. Todas as centrais reconhecidas pelo Ministério do Trabalho enviaram artigos a pedido do Portal. Os textos estão sendo publicados todos os dias até sábado (11), quando entra em vigor a reforma trabalhista.
CTB, CUT, CSB, UGT, Força Sindical e Nova Central convocam ato na capital paulista na sexta (10), o Dia Nacional de Mobilização. A atividade começa às 9h30 com uma concentração na Praça da Sé. Às 10h30, manifestantes saem em caminhada até a Avenida Paulista.
Centrais Sindicais e Movimentos Sociais de norte a sul do país convocam para esta sexta-feira (10) atos, protestos e manifestações unificadas contra as reformas Trabalhista, da Previdência Social e em repúdio à portaria do Trabalho Escravo. A Tv Vermelho produziu vídeo de mobilização para os atos com recados de lideranças do movimento sindical sobre o prejuízo que trará a reforma trabalhista, que entra em vigor no dia 11. Confira:
As centrais sindicais confirmaram nesta quarta-feira (8) protestos contra a reforma trabalhista nos 26 estados brasileiros e Distrito Federal na próxima sexta-feira (10). Os atos denunciam as reformas de Michel Temer, incluindo a reforma da Previdência, e a portaria do Trabalho Escravo. Paralisações, assembleias e caminhadas também fazem parte do cronograma dos atos unificados das centrais e movimentos sociais.
Diante do ataque agressivo do governo Temer aos trabalhadores, com retirada de direitos e retrocessos sem precedentes, os bancários se unem a outras categorias e participam do Dia Nacional de Mobilização, nesta sexta-feira (10). Os trabalhadores vão paralisar as agências pelo menos até às 12h. A decisão foi tomada em assembleia, na noite desta segunda-feira (06/11), no Sindicato dos Bancários da Bahia (Seeb-BA)
Adilson Araújo, presidente da CTB, inaugura o Especial Reforma Trabalhista do Portal.
Metalúrgicos, bancários, petroleiros, trabalhadores do serviço público, trabalhadores aposentados, professores, químicos, eletricitários, trabalhadores da construção civil e frentistas são algumas das categorias mobilizadas para os protestos organizados pela classe trabalhadora para a próxima sexta-feira (10) em todo o Brasil.
Por Railídia Carvalho
O principal enfrentamento à “reforma” trabalhista deve se dar na esfera política, por sindicatos e partidos identificados com a causa obreira mobilizados contra quaisquer retrocessos sociais. Por outro lado, o mundo jurídico do trabalho deve declarar que as mudanças promovidas pelos partidos de orientação empresarial não passam pelo crivo do Direito do Trabalho. Elas não se sustentam frente à Constituição de 1988.
Por Hugo Cavalcanti Melo Filho e Grijalbo Fernandes Coutinho*