Nos últimos três anos, o número de estrangeiros que solicitaram refúgio ao governo brasileiro cresceu 254%. Em 2010 foram feitas 566 solicitações à Polícia Federal e, em 2012, esse número saltou para 2.008 pessoas. Os dados sobre pedidos de refúgio ao Brasil foram apresentados nesta sexta-feira (26) pelo presidente do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Paulo Abrão, e pelo representante da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Andrés Ramirez.
Em meados do ano passado, o alfaiate Ben* se viu obrigado a deixar às pressas sua casa, que ficava próxima à cidade de Goma, no leste da República Democrática do Congo. Rebeldes do movimento M23 invadiram a região e, na troca de tiros com as tropas do governo, sua mulher foi baleada e morta. Para fugir, Ben atravessou a fronteira com Uganda e, de lá, tomou um avião em direção ao Rio de Janeiro.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) informou nesta segunda-feira (04) que o número de refugiados sírios assim registrados na agência é de cerca de 630.000. Ainda, contando com cidadãos sírios ainda não registrados como refugiados mas que já se cadastraram, o número salta para 763.527, segundo ACNUR.
Paulo Abrão, que tomou posse recentemente no Comitê Nacional de Refugiados, também tem como meta acelerar os pedidos de refúgio no país; apatridia é a situação de pessoas sem nacionalidade ou cidadania.
É cada vez maior o número de solicitantes de asilo rejeitados pelas autoridades da Holanda e que não podem voltar para seus países de origem.
Por Frank Mulder e Johannes Mulder, para a agência IPS
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) prevê que, nos próximos dez anos, o número de pessoas deslocadas nos seus próprios países aumentará. No relatório, a entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) diz que isso ocorrerá como resultado de uma série de causas interligadas que vão desde conflitos até alterações climáticas, escassez de alimentos e crescimento populacional.
Dadaab, no leste do Quênia, é residência de quase meio milhão de pessoas; umas dez mil já pertencem à terceira geração – são os filhos dos refugiados que nasceram no campo.
Por Joyce de Pina, da Rádio ONU em Nova York.
Ameaçado de morte pelo Talebã por se recusar a pagar propinas ao grupo, Mahmoud (nome fictício) achou por bem abandonar sua cidade, na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. Pagou US$ 5 mil dólares a uma gangue de tráfico humano, que prometeu lhe enviar a um país do outro lado do mundo do qual sabia muito pouco, mas onde, segundo o grupo, poderia solicitar refúgio e reiniciar sua vida em paz: o Brasil.
A situação de quase mil refugiados haitianos que estão vivendo no Acre será debatida em audiência pública nesta terça-feira (20) pela Comissão de Relações Exteriores do Senado. Segundo o senador Jorge Viana (PT-AC), que solicitou a audiência juntamente com Anibal Diniz (PT-AC), desde fevereiro os haitianos estão vivendo em situação precária, mesmo com a assistência básica que o governo estadual tem oferecido.
Ainda é possível conferir a exposição Arte e Refúgio no Brasil, no edifício-sede da Caixa Econômica, em Brasília. Promovida pelo Alto Comissariado da Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a amostra permanecerá no local até dia 30 de outubro e apresenta trabalhos de 17 artistas plásticos refugiados e brasileiros.