O presidente da Rússia, Vladimir Putin, instruiu o governo a preparar medidas de resposta às sanções ocidentais. “Os instrumentos políticos de pressão sobre a economia são inaceitáveis, a Rússia vai proteger os interesses dos produtores nacionais,” disse Putin. As informações são do portal Voz da Rússia, em matéria desta terça-feira (5).
Moscou vai considerar respostas possíveis às sanções da União Europeia, inclusive contra as companhias aéreas russas, disse o primeiro-ministro Dmitry Medvedev durante uma reunião com o ministro do Transporte e com o vice-diretor da Aeroflot, Maksim Sokolov e Vadim Zingman. Na terça-feira (5), o diário Vedomosti noticiou que a Rússia considera limitar ou bloquear voos europeus à Ásia através da Sibéria.
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, tenta, mais uma vez, atribuir à Rússia a responsável pelo agravamento da crise na Ucrânia, ignorando as explicações de Moscou, bem como a declaração da ONU sobre a ausência de provas do envolvimento da Federação Russa no fornecimento de armas para o leste da Ucrânia, declarou o Ministério das Relações Exteriores russo.
As ações dos EUA no Oriente Médio mostram que eles não têm uma estratégia pensada para essa região, declarou Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, numa entrevista à Itar-Tass, respondendo à pergunta sobre até que ponto estão próximas as perspectivas de solução no conflito na Síria.
Oficiais dos EUA confirmaram relatos da mídia sueca, de meados de julho, sobre o incidente em que um veículo aéreo de espionagem estadunidense invadiu o espaço aéreo da Suécia, em fuga de um caça da Rússia. O veículo estava espionando o território russo quando foi interceptado. A Suécia não é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e havia negado permissão ao piloto do avião estadunidense para a entrada em seu espaço aéreo.
“A tragédia da Primeira Guerra Mundial nos lembra a quê conduzem as ambições excessivas, a falta de vontade para escutarmos uns aos outros e as violações das liberdades”, disse o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante a cerimônia em homenagem aos heróis da guerra, em Moscou, nesta sexta-feira (1º/8).
Os Estados Unidos decidiram, a União Europeia obedeceu e agora de um lado e de outro do Atlântico prestam-se contas às possíveis reações que estão na mão do presidente russo, demonstrando-se assim que os cálculos anunciados à opinião pública sobre as sanções contra Moscou “são números sem pés nem cabeça, sofrem de variáveis impossíveis de calcular”, segundo economistas das instituições europeias.
Por Pilar Camacho, de Bruxelas, e Norman Wycomb, de Londres para Jornalistas sem Fronteiras
O exército ucraniano usou mísseis balísticos de curto alcance, informou a televisão norte-americana CNN. Segundo a emissora, nos últimos dias foram lançados vários desses mísseis, equipados com ogivas de 454 quilos, contra as posições dos milicianos Washington retém essa informação por estar numa situação embaraçosa. Até agora Casa Branca aprovou todas as ações de Kiev na região de Donbass.
Por Natalia Kovalenko , na Voz da Rússia
Em Moscou reagiram de forma surpreendentemente calma à nova “terceira fase” de sanções da União Europeia contra a Rússia. As restrições no setor bancário, da energia, de exportações de armamentos e da chamada produção de “dupla utilização” (civil e militar) entrarão em vigor em 1º de agosto.
Por Andrei Fedyashin , na Voz da Rússia
Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) anunciaram um novo pacote de sanções contra a Rússia nesta terça-feira (29), acusando Moscou de apoiar as milícias no leste da Ucrânia e ameaçando atingir a economia russa. A declaração emitida pelo bloco europeu de 28 membros admite, ao contrário das retóricas recentes, que as “sanções mais abrangentes” afetarão as empresas estatais da Rússia e o comércio internacional com o país.
O Ocidente tenta “assimilar o espaço geopolítico ucraniano”, e quer fazê-lo prejudicando os interesses da Rússia, assim como os da população russófona da própria Ucrânia. As sanções contra Moscou criam condições para a execução desse projeto geopolítico, diz o ministro das Relações Exteriores da Rússia Serguei Lavrov.
A espionagem dos Estados Unidos tem provas de que o avião da Malaysian Airlines foi derrubado na Ucrânia por tropas ao serviço do regime de Kiev e procura agora encontrar uma maneira de apresentar o fato, de modo a não implicar diretamente a junta resultante do golpe de Estado patrocinado pelos EUA e pela União Europeia.
Por José Goulão e Martha Ladesic, de Nova York, Mário Ramírez, de Washington, e Castro Gomez, de Donetsk, para Jornalistas sem Fronteiras