O secretário-geral do Partido Comunista da Federação Russa, Guennadi Ziugánov, fez um discurso nesta quarta-feira (5) diante do túmulo do líder soviético Iosif Stalin, morto em 5 de março de 1953, homenageando o antigo revolucionário por seus feitos na direção da União Soviética, lembrando em especial o papel do dirigente na vitória do Exército Vermelho sobre os invasores nazistas em 1945.
O mundo vive horas perigosas. A Rússia enviou tropas para a Península da Crimeia. O governo provisório que está no poder na Ucrânia convoca reservistas, enquanto oficiais e soldados se bandeiam para o lado russo, evidenciando a divisão do país. O G-8 suspende o encontro que estava programado para Sochi, na Rússia.
Mauro Santayana*, em seu blog
Segundo informações de agências de notícias internacionais, nesta terça-feira (4), os Estados Unidos ofereceram US$ 1 bilhão à Ucrânia como "um empréstimo internacional". Funcionários de alto escalão do governo norte-americano teriam revelado a quantia à jornalistas da AFP, após a chegada a Kiev do secretário americano de Estado, John Kerry. Ele deve se reunir com membros do governo interino de Kiev, em um contexto de apoio da Rússia à península ucraniana da Crimeia.
Nesta terça-feira (4), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, falou pela primeira vez sobre a tensão na Ucrânia desde a deposição do mandatário ucraniano, Viktor Yanukovich. Putin concedeu uma entrevista coletiva e denunciou publicamente o golpe de Estado no país vizinho. Ele também comentou que não há necessidade para o uso das Forças Armadas e esclareceu que as tropas que bloquearam as unidades militares ucranianas na Crimeia, não pertencem ao exército russo.
A situação na Ucrânia continua a evoluir rapidamente, com a Rússia deslocando mais tropas para a região enquanto as manifestações continuam em algumas partes do país. Foi o que disse nesta segunda-feira (3) o secretário-geral assistente das Nações Unidas (ONU) para Assuntos Políticos, Oscar Fernandez-Taranco, no Conselho de Segurança, que se reuniu novamente para discutir a crise ucraniana. Taranco disse que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, continua envolvido com a situação na Ucrânia.
Como você provavelmente já sabe, Obama e companhia ajudaram a depor o presidente democraticamente eleito da Ucrânia, Viktor Yanukovych, com a ajuda de ultra-direita, paramilitares, gangues neonazistas que invadiram e queimaram escritórios do governo, mataram soldados da tropa de choque, e espalharam o caos e terror em todo o país.
Por Mike Whitney, na CounterPunch*
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo considerou nesta sexta-feira (3) que as advertências feitas pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, quanto à atuação na Ucrânia são inaceitáveis.
Os trabalhos de preparação da cúpula do G8 (Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Japão e Rússia) – prevista para ocorrer em 4 e 5 de junho, em Sochi, na Rússia – estão formalmente suspensos devido à situação na Ucrânia, anunciou nesta segunda-feira (3) a porta-voz da Comissão Europeia, Pia Ahrenkilde Hansen.
Segundo autoridades russas, pelo menos 143 mil pessoas deixaram a Ucrânia com destino à Rússia, por conta da atual conjuntura. “De acordo com dados do serviço de fronteiras, 143 mil pessoas deixaram a Ucrânia com destino à Rússia desde o início dos acontecimentos [no país]”, declarou o senador Evgueni Buchmin. Os dois países têm uma fronteira de cerca de 2 mil quilômetros.
A Crimeia, oficialmente é uma península e uma república autônoma da Ucrânia situada na costa setentrional do Mar Negro. Durante a era soviética, a Crimeia foi governada como parte da República Socialista Federada Soviética da Rússia até que, em 1954, foi transferida por Khrushchov para a RSS da Ucrânia como presente de comemoração do 300° aniversário da unificação da Rússia e da Ucrânia.
Por Alberto Sicília, de Kiev, no blog Principia Marsupia
A Câmara Alta do Parlamento russo aprovou neste sábado (1º/3) a proposta do presidente do país, Vladimir Putin, para enviar tropas russas à região ucraniana da Crimeia. De acordo com a Constituição da Federação Russa, só a câmara alta do parlamento pode aprovar tal decisão. Mas, segundo explicou o departamento, "a referida decisão pode ser tomada apenas a pedido do presidente do país".
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o seu país dá “apoio total” às novas autoridades da Ucrânia, que vêm pedindo reconhecimento depois da jogada que removeu o presidente e mudou inconstitucionalmente o Parlamento, na semana passada. Já nesta sexta (28), em coletiva de imprensa transmitida pela emissora Russia Today, o presidente Viktor Yanukovich lamentou a escalada da violência, mas rejeitou a nova situação política, com a "tomada do poder por uma minoria fascista."