O reajuste do salário mínimo, de 2000 a 2012, representou um ganho 88% superior ao dos benefícios acima de um salário, conforme pesquisa elaborada pelo economista Rodrigo Augusto de Lima, do Instituto Brasileiro de Estudos Previdenciários (Ibep).
O funcionalismo público federal poderá decretar greve geral. Após oito anos de proximidade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, responsável pela concessão dos melhores acordos salariais desde a redemocratização, as categorias que representam os cerca de 1 milhão de servidores públicos estão insatisfeitas com o tratamento dispensado a elas pela sua sucessora, Dilma Rousseff.
Os trabalhadores nas concessionárias de veículos no Estado de São Paulo conseguiram reajuste salarial de 10,7% nos Pisos, 3,4 pontos percentuais acima da inflação oficial de 7,3%. Para quem ganha acima do Piso, o aumento foi de 9,5%, 2,2 pontos percentuais de aumento real.
O último grupo de trabalhadores abandonados pelas empresas WPG Construções e Empreendimentos, TPC Construções e Terraplanagem e Dominante Comércio e Empreendimentos, receberam 80% de seus pagamentos, na quarta-feira (21). Três meses, além do 13º salário proporcional, estavam atrasados. As empresas devedoras eram subcontratadas que prestavam serviço para a Energia Sustentável do Brasil (ESBR) no desmatamento de área para a usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia.
Começou agora pouco uma nova reunião entre bancários e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para dar prosseguimento as discussões sobre a pauta de reivindicações dos trabalhadores, há 18 dias em greve. A categoria chegou a cogitar um grande ato político para hoje, mas acabou cancelando por conta da retomada das negociações.
Na mesma semana em que 700 jovens foram presos por protestarem no Bronx, em Nova York, contra a ganância do mercado de capitais, há milhares de quilômetros bancários brasileiros deflagraram greve nacional. Com mais de 9 mil agências paralisadas e outras centenas de centros administrativos em greve, os trabalhadores no Brasil associam-se com a luta global que se intensifica em diversos países.
Por Augusto Vasconcelos
O Comando Nacional dos Bancários orienta que todos os sindicatos do país fortalecerem e ampliem a greve da categoria, que já dura 15 dias. Na reunião desta terça-feira (11), em São Paulo, ficou estabelecido que na sexta-feira acontecerão atos políticos em todo país. Além disso, serão solicitados encontros com a presidente Dilma Roussef e o presidente Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Murilo Portugal.
O Comando Nacional dos Bancários deve endurecer a greve a partir desta terça-feira (11), quando está marcada uma assembleia, às 10h, com dirigentes de todo o país, em São Paulo. A ideia é ampliar ainda mais a paralisação. A reação vem depois das notícias, divulgadas na grande mídia, de que a presidente Dilma Rousseff orientou sua equipe a adotar posição firme contra a greve dos bancários, descontando os dias da paralisação.
O impasse na segunda audiência de conciliação entre trabalhadores e as empresas de Correios, ocorrida hoje (7), no Tribunal Superior do Trabalho(TST), levará ao julgamento o dissídio coletivo da categoria no TST na terça-feira (11), às 16h.
Em seu 22º dia de greve, representantes dos carteiros e dos Correios assinaram um acordo no início da noite desta terça-feira (4) para encerrar a paralisação. O acerto foi fechado durante audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Amanhã (5), os 35 sindicatos da categoria se reúnem para decidir se aprovam a proposta e encerram a greve, ou não.
Funcionários dos Correios de diversos estados prometem acompanhar de perto, amanhã (4), a primeira reunião de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. A audiência dá início ao processo de dissídio coletivo e será presidida pela ministra Maria Cristina Peduzzi.
Cerca de 1,3 mil juízes, promotores e procuradores realizaram nesta quarta (21) manifestação em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para cobrar aumento salarial e mais segurança. O protesto começou no Congresso Nacional, onde os manifestantes foram recebidos pelo presidente José Sarney. Já no STF, eles foram recebidos pelo presidente da Corte, Cezar Peluso.